"Não pode haver comparação entre o Hamas, que é uma organização terrorista e se escuda por trás de civis, e Israel, que defende os civis", afirmou Nadav aos jornalistas numa conferência de imprensa em Roma.
O homem é um dos 12 familiares de civis israelitas reféns do Hamas, raptados durante o ataque de 07 de outubro em Israel, que se encontraram hoje com o Papa Francisco.
Outro familiar de um refém israelita, Yehuda, expressou deceção porque Francisco supostamente "não mencionou o Hamas e não falou deste como uma organização terrorista".
"Apenas disse que a guerra tinha de acabar", referiu Yehuda, acrescentando que "não houve tempo para lhe contar a [sua] história".
No entanto, Yair Rotem, outro familiar da delegação israelita, considerou que a reunião foi eficaz porque Francisco ouviu os familiares dos reféns.
Posteriormente, Francisco também se reuniu com uma delegação de dez palestinianos, cristãos e muçulmanos, que têm familiares em Gaza.
"Eles sofrem muito e senti como ambos sofrem: as guerras fazem isto, mas aqui fomos além das guerras, isto não é fazer guerra, isto é terrorismo", afirmou Francisco no final de ambos os encontros, realizados antes da audiência geral de quarta-feira, no Vaticano.
"Rezem pela paz, rezem muito pela paz (...)", afirmou Francisco.
O diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, declarou que ambos os encontros tiveram um "caráter exclusivamente humanitário", num gesto de "proximidade espiritual ao sofrimento de cada um".
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