Durante uma videoconferência com funcionários da OMS, representantes da Comissão de Saúde da China apresentaram dados de vigilância e deteção dos agentes patogénicos que causam doenças respiratórias, e protocolos de diagnóstico e tratamento, afirmou a autoridade sanitária máxima do país asiático, em conferência de imprensa.
A notificação surgiu depois de a OMS ter solicitado esta semana informações pormenorizadas à China sobre o recente aumento de casos de doenças respiratórias e surtos de pneumonia infantil.
O porta-voz da Comissão, Hu Qiangqiang, afirmou que, de acordo com os relatórios dos sistemas de monitorização e dos hospitais, os casos registados na China "são causados por agentes patogénicos conhecidos".
Também na sexta-feira, as autoridades sanitárias de Pequim informaram que uma "combinação de agentes patogénicos" está na origem do recente surto de infeções respiratórias, sendo o rinovírus, o vírus sincicial respiratório (VSR) e a gripe sazonal os mais comuns.
Entre as crianças, o adenovírus, o VSR e a gripe sazonal foram identificados como os mais comuns. Mais de 40 % dos doentes de todas as idades apresentam sintomas de gripe sazonal, principalmente da estirpe H3N2, detalhou o CDC.
Os peritos da agência sublinharam a importância de vacinar o público, especialmente os idosos e as pessoas com doenças subjacentes.
Apesar da queda nos casos de pneumonia por micoplasma e de uma baixa prevalência da variante XBB da covid-19, a principal estirpe do coronavírus que ainda circula na China, espera-se um aumento global do número de infeções, devido à presença de vários agentes patogénicos.
Na quinta-feira, as autoridades chinesas apelaram ao reforço dos cuidados primários e à coordenação entre hospitais para fazer face ao aumento dos casos de infeções respiratórias.
De acordo com um funcionário da Comissão Nacional de Saúde citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o organismo emitiu uma série de medidas para "melhorar o diagnóstico e a capacidade de tratamento das infeções respiratórias comuns nos centros de saúde comunitários e nos hospitais", bem como para "facilitar a identificação e o encaminhamento dos casos graves".
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