O secretário de Estado, Antony Blinken, realizou hoje uma teleconferência trilateral com os seus os seus homólogos da Coreia do Sul, Park Jin, e do Japão, Kamikawa Yoko, para discutir o lançamento, em 21 de novembro, de um novo míssil por parte de Pyonyang, "em violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU)" e o qual condenaram nos termos mais fortes.
De acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, os três líderes continuarão a manter consultas trilaterais "em resposta às ações irresponsáveis e ilegais" da Coreia do Norte.
Os líderes diplomáticos salientaram ainda "a necessidade de a comunidade internacional, incluindo todos os membros do Conselho de Segurança da ONU, se unirem para impedir as atividades de aquisição" de Pyongyang e "estancar o fluxo de receitas que apoia os seus programas ilegais" de armas de destruição maciça e mísseis balísticos.
Blinken também reafirmou "os firmes compromissos dos Estados Unidos com a defesa" da Coreia do Sul e do Japão, segundo a nota.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detetado o lançamento do míssil a partir da região de Pyongyang e dirigido à zona marítima oriental.
Este lançamento norte-coreano -- o primeiro disparo de armas em mais de dois meses -- ocorreu horas depois de a Coreia do Sul ter anunciado que decidiu suspender parcialmente um acordo com a Coreia do Norte e reiniciado a vigilância aérea na fronteira.
Face a este mais recente lançamento norte-coreano, a Albânia, Equador, França, Japão, Malta, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e os Estados Unidos convocaram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para segunda-feira, para abordar o assunto.
A reunião deverá contar com representantes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul.
O lançamento deste satélite em 21 de novembro marcou a terceira vez este ano que a Coreia do Norte tentou enviar um satélite de reconhecimento militar para o espaço.
As resoluções do Conselho de Segurança da ONU proíbem quaisquer lançamentos de satélites por parte da Coreia do Norte, considerando-os como uma forma de testar a sua tecnologia de mísseis de longo alcance.
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