Meteorologia

  • 29 JUNHO 2024
Tempo
17º
MIN 16º MÁX 20º

Europa Central une-se para combater imigração ilegal nas fronteiras da UE

Os ministros do Interior de seis países da União Europeia (UE) concordaram hoje em intensificar os esforços para proteger o bloco da imigração ilegal e visar os grupos de traficantes de seres humanos que operam nas suas fronteiras.

Europa Central une-se para combater imigração ilegal nas fronteiras da UE
Notícias ao Minuto

16:20 - 27/11/23 por Lusa

Mundo Migrações

Os ministros do "Grupo V4" de países da Europa Central (Eslováquia, Hungria, Polónia e República Checa) juntaram-se aos homólogos da Áustria e da Alemanha para uma cimeira na cidade de Szeged, no sul da Hungria, a oito quilómetros da fronteira com a Sérvia.

Alguns governos da UE receiam que a pressão crescente da chamada 'rota migratória dos Balcãs', que vai da Sérvia à Hungria, exija uma resposta mais dura dos países da região.

O ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan, que organizou a cimeira, afirmou que a migração é um "desafio comum" para a Europa e que as soluções devem centrar-se na prevenção da entrada ilegal de migrantes no bloco.

"Todos nós estamos na mesma rota migratória. Partilhamos fronteiras e a situação na fronteira externa da UE afeta-nos a todos", afirmou Rakusan, que não avançou pormenores sobre a forma como os contrabandistas serão visados.

Rakusan afirmou que as recentes decisões de vários governos europeus de reintroduzir os controlos nas fronteiras internas do espaço Schengen sem vistos são insustentáveis e que a proteção das fronteiras externas será o foco da cooperação entre os seis executivos no futuro.

"Todos nós queremos que o espaço Schengen continue vivo. Todos sabemos que os controlos e verificações nas fronteiras internas não são a solução certa", afirmou.

Nos últimos meses, 13 dos 27 Estados membros da UE reintroduziram controlos nas fronteiras internas com países vizinhos, o que constitui um desvio em relação ao regime normal de viagens sem fronteiras do espaço Schengen.

Em outubro, a Eslováquia retomou os controlos na sua fronteira com a Hungria para reduzir o número crescente de imigrantes que entram no país, depois de os países vizinhos, como a Áustria, Polónia e República Checa, terem introduzido controlos nas suas próprias fronteiras com solo eslovaco.

Parte do que levou a esta mudança foi a proliferação da violência no norte da Sérvia nos últimos meses. Os tiroteios tornaram-se comuns ao longo da fronteira com a Hungria, onde os migrantes se juntaram à procura de formas de atravessar a UE com a ajuda de contrabandistas.

No final de outubro, centenas de polícias sérvios foram enviados para a zona junto à fronteira, tendo detido várias pessoas depois de um tiroteio entre migrantes, que provocou a morte a três pessoas e ferimentos numa outra.

Na cimeira de hoje, o ministro do Interior húngaro, Sandor Pinter, disse que, na próxima semana, em Bruxelas, haverá uma reunião para definir uma política comum da UE em matéria de imigração e asilo.

Pinter disse que a Hungria "não está disposta" a comprometer-se com uma proposta que distribua os requerentes de asilo por toda a UE para reduzir a carga sobre os países mais afetados pela migração.

"A Hungria não pode aceitar a natureza obrigatória da recolocação. Trata-se de uma questão de soberania para a Hungria", disse Pinter.

Ainda hoje, os ministros do Interior dos seis países vão visitar a vedação eletrificada da fronteira húngara, que o governo nacionalista ergueu em 2015, depois de mais de um milhão de migrantes terem entrado na UE, fugindo da guerra e da pobreza no Médio Oriente e em África.

Leia Também: Lagarde pede que zona euro ainda "não declare vitória" sobre inflação

Recomendados para si

;
Campo obrigatório