"A prorrogação de dois dias da pausa nas hostilidades entre Israel e o Hamas é um desenvolvimento positivo", afirmou Charles Michel na rede social X (antigo Twitter).
Nesta mensagem, Charles Michel agradeceu também a todos os parceiros envolvidos nas negociações pelos seus "esforços cruciais", especialmente os Estados Unidos, o Egito e o Qatar.
"Todo o possível deve ser feito para preservar e proteger a vida civil, sempre e em todo o lado", sublinhou o presidente do Conselho Europeu, juntando-se à celebração expressa na noite de segunda-feira pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A chefe do Executivo comunitário destacou, num comunicado, que o acordo crítico entre Israel e o Hamas "amplia a janela de esperança" e "permite que mais civis em Gaza tenham acesso a ajuda essencial".
A Comissão Europeia organizou uma ponte aérea, com 20 voos já concluídos, para transportar através do Egito quase 900 toneladas de bens humanitários necessários para Gaza. Já estão previstos quatro voos adicionais para esta semana, detalhou Ursula von der Leyen.
A chefe do executivo comunitário afirmou que a UE continuará a manter contactos estreitos com todos os parceiros internacionais para trabalhar no sentido de alcançar uma solução política que garanta a coexistência pacífica entre israelitas e palestinianos, baseada na solução de dois Estados.
Na segunda-feira, pouco antes de expirar o pacto que entrou em vigor na manhã de sexta-feira, o Hamas, o Qatar e os Estados Unidos anunciaram que o mesmo seria prorrogado por mais dois dias, durante os quais o grupo islamita libertará pelo menos 10 reféns por dia.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islamita palestiniano que provocou a morte de cerca de 1.200 pessoas e ainda levou ao rapto de mais de 240 em comunidades israelitas próximas à Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestiniano, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, a maioria crianças e mulheres, segundo as autoridades da Faixa de Gaza -- controlada pelo Hamas -, estimando-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.
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