A entrada em funcionamento do fundo foi hoje adotada com aclamação por cerca de 200 países, durante um debate realizado no primeiro dia da 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que está a decorrer no Dubai, Emirados Árabes Unidos.
O fundo foi criado com o objetivo de compensar os países mais vulneráveis pelas catástrofes causadas pelo aquecimento global, como secas, inundações ou incêndios.
O presidente da COP28 considerou histórico o acordo sobre a entrada em funcionamento do fundo para financiamento de 'perdas e danos' resultantes das alterações climáticas, sublinhando que é uma "conquista única" no primeiro dia da cimeira.
"O facto de termos conseguido concretizar o que foi prometido em Sharm El-Sheikh - ativar e operacionalizar o fundo - é histórico e é uma conquista sem precedentes", afirmou o sultão Al Jaber.
Al Jaber sublinhou ainda o compromisso já assumido por vários países no âmbito do fundo de financiamento de 'perdas e danos', para o qual os Emirados Árabes Unidos anunciaram 100 milhões de dólares, valor igual ao anunciado pela Alemanha.
O fundo, que prevê um financiamento de 100 mil milhões de dólares por ano, concretiza o principal resultado da COP27, realizada em 2022 no Egito, em que foi alcançado um acordo de princípio sobre o fundo, sem que tenham sido os contornos exatos.
O texto final só será aprovado no final da cimeira, previsto para o dia 12 de dezembro.
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