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As forças israelitas (IDF, na sigla em inglês) referiram, num comunicado divulgado nas redes sociais, que a Cruz Vermelha transferiu os seis reféns para o Egito, por onde seguiram até ao ponto de encontro com os soldados israelitas em Kerem Shalom.
Mais tarde, o gabinete do primeiro-ministro israelita disse que estes seis reféns já tinham chegado a Israel.
O braço armado do movimento islamita Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam, tinham também confirmado que este sétimo grupo de reféns foi entregue à Cruz Vermelha.
Três vezes mais prisioneiros palestinianos devem agora ser libertados das prisões israelitas nas próximas horas, nos termos do acordo.
Israel tinha divulgado antes a libertação de dois reféns israelitas pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
O Fórum das Famílias dos Reféns de Gaza disse que se tratam de duas mulheres, que identificou como Mia Schem, 21 anos, e Amit Soussana, 40, noticiou a agência espanhola EFE.
Dos oito reféns israelitas libertados pelo Hamas, dois menores e seis mulheres, três tinham dupla nacional nacionalidade mexicana, russa e uruguaia, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar através da rede social X (antigo Twitter).
Estas libertações ocorrem no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sétimo dia e que expira na sexta-feira, depois da trégua entre Israel e o Hamas ter sido prorrogada hoje por 24 horas.
Desde sexta-feira, o movimento islamita palestiniano entregou cerca de 10 reféns por dia, enquanto Israel libertou três vezes mais presos palestinianos das suas prisões.
De acordo com a imprensa, o Hamas enviou uma lista de oito israelitas e duas pessoas com dupla nacionalidade, russa e israelita, como parte dos dez reféns diários que está a entregar ao abrigo da trégua.
A libertação hoje das oito pessoas eleva para 105 o número de reféns saídos de Gaza.
No âmbito do pacto "reféns por prisioneiros" entre Israel e o Hamas, foram igualmente libertados 210 prisioneiros palestinianos desde sexta-feira passada.
Quase todos são mulheres e menores de ambos os lados, acrescentou a EFE.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 55.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 240 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.
[Notícia atualizada às 23h36]
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