O ataque aconteceu na noite de sábado na autoestrada Karakoram, na região norte de Gilgit Baltistan, disse o porta-voz da polícia, Azmat Shah.
A autoestrada, que liga o Paquistão e a China, atravessa também a província de Khyber Pakhtunkhwa, um foco de terrorismo no passado devido à presença dos talibãs paquistaneses e de outros grupos extremistas.
O autocarro transportava passageiros de Gilgit para a cidade de Rawalpindi quando foi alvejado, fazendo com que o condutor perdesse o controlo e embatesse num camião, que por sua vez se incendiou. Os dois condutores morreram no local.
Pelo menos 26 pessoas ficaram feridas - incluindo um clérigo local - e foram transferidas para hospitais.
O ministro do Interior de Gilgit Baltistan, Shams Lone, considerou o ataque como um "ato de terrorismo".
O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwaar-ul-Haq Kakar, condenou o ataque, afirmando que "não se permitirá que elementos antiestatais sabotem a paz de Gilgit Baltistan" e prometeu continuar a lutar "contra os terroristas".
De acordo com o governador de Gilgit Baltistan, Gulbar Khan, foi criada uma equipa especial para investigar o atentado e deter os seus autores.
Ninguém reivindicou imediatamente a autoria do atentado e numa declaração já hoje, o porta-voz do movimento talibã paquistanês, Muhammad Khorasani, negou que seu grupo estivesse por trás do tiroteio.
O grupo, denominado TTP, é uma estrutura autónoma, mas aliada dos talibãs afegãos, que tomaram o poder em Cabul em agosto de 2021, quando as tropas dos EUA e da NATO estavam na fase final da sua retirada do país.
Nos últimos 15 anos, o grupo tem promovido uma insurreição no Paquistão, particularmente no norte do país.
Leia Também: Paquistão. Pelo menos 11 mortos e 35 feridos em fogo num centro comercial