Paris pede a Pequim contenção nas ações no mar do sul da China

A chefe da diplomacia francesa, Catherine Colonna, pediu hoje à China contenção nas ações no mar do Sul da China, afirmando que "o mundo não precisa de uma nova crise".

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© Filip Singer - Pool / Getty Images

Lusa
04/12/2023 07:32 ‧ 04/12/2023 por Lusa

Mundo

França

Pequim intensificou os exercícios militares no estreito de Taiwan, estrategicamente importante, e a guarda costeira chinesa foi acusada de intimidar barcos de pesca filipinos.

A Austrália também criticou Pequim, no mês passado, pela conduta "perigosa e pouco profissional" no mar, alegando que um dos mergulhadores da Marinha tinha sido ferido por impulsos de sonar de um navio de guerra chinês nas proximidades.

"Estamos preocupados com o que aconteceu há alguns dias com a Marinha australiana e com o que aconteceu nas Filipinas há algumas semanas", afirmou Colonna, no Clube de Imprensa australiano, em Camberra.

"A calma e a estabilidade devem reinar no estreito de Taiwan e o mundo não precisa de outra crise", acrescentou a ministra da Europa e dos Negócios Estrangeiros, pedindo à China para que reduza as tensões na região da Ásia-Pacífico.

A China deve ser livre de prosseguir a "expansão económica", mas deve também corresponder às expectativas internacionais em questões como os direitos humanos, observou a ministra.

"Por todas estas razões, continuaremos a empenhar-nos de forma construtiva com a China, e há sinais encorajadores", afirmou.

"Os nossos esforços estão a dar frutos e a criar tendências positivas na cooperação", acrescentou.

Pequim reivindica a maior parte do mar do Sul da China, incluindo zonas marítimas e ilhas próximas das costas dos vizinhos. As Filipinas, o Brunei, a Malásia, Taiwan e o Vietname também reivindicam a soberania sobre uma série de ilhas e recifes em disputa, incluindo alguns em áreas que podem conter ricas reservas de petróleo.

A ministra francesa visita a Austrália entre hoje e terça-feira, depois de no mês passado se ter deslocado à China para tentar relançar as relações entre os dois países e apelou para um "diálogo aprofundado" entre a França e a China sobre questões globais.

Na ocasião, o homólogo dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, anunciou uma rara isenção de vistos para estadas curtas de cidadãos franceses, alemães, italianos, espanhóis, neerlandeses e malaios.

Leia Também: MNE francesa chega à China para abordar "importantes desafios globais"

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