No ataque, um turista com dupla nacionalidade, alemã e filipina, foi morto por esfaqueamento e duas pessoas ficaram feridas, atingidas a golpes de martelo.
"Houve claramente uma falha psiquiátrica, os médicos consideraram em diversas ocasiões que [o suspeito] estava melhor", disse Gérald Darmanin ao canal BFMTV.
Detido após o ataque, Armand Rajabpour-Miyandoab, um franco-iraniano de 26 anos, foi condenado por radicalização islâmica e sujeito a uma ordem de tratamento que envolveu rigoroso acompanhamento psiquiátrico.
O procurador antiterrorista de França, Jean-François Ricard, afirmou no domingo que Armand Rajabpour-Miyandoab jurou obediência ao grupo Estado Islâmico (EI) num vídeo que fez antes do ataque.
No vídeo, o suspeito fala em árabe e manifesta "o seu apoio aos 'jihadistas' que atuam em diferentes regiões", como Iraque, Síria ou Iémen.
"O vídeo foi publicado na sua conta na rede social X (antigo Twitter)", aberta no início de outubro e que incluía "numerosas publicações sobre o Hamas, Gaza e, de forma mais geral, a Palestina", segundo o magistrado.
Ricard explicou que o jovem se converteu ao Islão em 2015, sublinhando ainda que a mãe de Rajabpour-Miyandoab, uma exilada política iraniana, tinha manifestado às autoridades em outubro preocupação com a atitude do filho.
O procurador confirmou ainda que o suspeito, nascido em Neuilly-sur-Seine, nos arredores de Paris, teve no passado contacto através das redes sociais com o indivíduo que viria a matar em 2020 o professor Samuel Paty, o checheno Abdullakh Anzorov, abatido pela polícia depois de decapitar o docente.
Rajabpour-Miyandoab, que cumpriu quatro anos de prisão por planear um atentado em 2016 no bairro de negócios de La Defense, em Paris, beneficiou de "acompanhamento médico" até abril de 2023 devido a problemas mentais, acrescentou Ricard.
A partir de então, passou a ser vigiado pelos serviços secretos franceses devido ao seu perfil ligado ao radicalismo islâmico.
Leia Também: A obediência ao EI e o alerta da mãe. Quem é o atacante de Paris?