China acha ser "razoável e legal" ter navios de pesca em águas disputadas

A China defendeu hoje que a presença dos seus navios de pesca em águas disputadas do Mar do Sul da China é "razoável e legal" e exigiu que as Filipinas não façam "comentários irresponsáveis" sobre o assunto.

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© GREG BAKER/AFP via Getty Images

Lusa
04/12/2023 11:04 ‧ 04/12/2023 por Lusa

Mundo

China

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse em conferência de imprensa que as águas adjacentes ao arquipélago de Nansha (como a China chama ao arquipélago das Spratly), onde se situa o recife de Whitsun (conhecido como Niu'e na China), são consideradas uma "importante área operacional" para os pescadores chineses.

"As águas relevantes no Mar do Sul da China, incluindo o recife de Niu'e e as águas adjacentes, sempre foram uma importante área operacional e um refúgio para os navios de pesca chineses", disse o porta-voz.

"É razoável e legal que os navios de pesca chineses operem nessas águas para se protegerem do vento e as Filipinas não devem fazer comentários irresponsáveis", acrescentou Wang.

Os militares chineses condenaram hoje a passagem do navio de guerra norte-americano USS Giffords pelo Atol de Ayungin (designado por Pequim como Ren'ai), que também faz parte das Spratlys.

Em 23 de novembro, o país asiático condenou igualmente a utilização pelas Filipinas de "forças externas para patrulhar a zona e atrair notoriedade", em referência aos recentes exercícios conjuntos Estados Unidos - Filipinas nestas águas, que, segundo Pequim, prejudicam a paz e a estabilidade regionais.

As tensões bilaterais foram agravadas pela decisão do atual Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., de reforçar os laços de segurança com os EUA desde que chegou ao poder no ano passado, em contraste com a viragem para a China do seu antecessor, Rodrigo Duterte.

As autoridades chinesas reivindicam a quase totalidade do Mar do Sul da China, incluindo os arquipélagos de Paracel e Spratly, uma reivindicação que se sobrepõe às zonas económicas exclusivas de países como as Filipinas, o Vietname e a Malásia, ao abrigo do direito internacional.

Pequim alega razões históricas, mas em 2016 o Tribunal Permanente de Arbitragem decidiu a favor de Manila na sua queixa contra as reivindicações das autoridades chinesas, uma decisão que a potência asiática se recusou a cumprir.

Leia Também: Sanções, guerra e comércio devem preencher cimeira China - União Europeia

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