Durante a cerimónia de entrega de credenciais pelos embaixadores estrangeiros recentemente nomeados, Putin deu as boas-vindas, entre outros, aos novos representantes da Alemanha, Suécia, Reino Unido, Grécia e Eslovénia.
Dirigindo-se ao representante sueco, Vladimir Putin lamentou a "completa ausência de contactos políticos" e uma restrição da "cooperação económica" e dos "laços culturais e humanitários" entre a Rússia e a Suécia.
O líder russo também se mostrou preocupado com o abandono por parte de Estocolmo da sua "política de não participação em blocos militares seguida há 200 anos", no momento em que a Suécia está em processo de adesão à NATO.
Em declarações ao embaixador alemão, Putin saudou a relação de "cooperação pragmática" desenvolvida com Berlim, lamentando que a explosão dos gasodutos NordStream em 2022 tenha prejudicado o fornecimento de gás russo à Alemanha.
"Durante décadas, o nosso país forneceu à Alemanha gás, petróleo e outros produtos energéticos ambientalmente limpos, de forma estável e perfeita, a preços acessíveis. E esta cooperação foi literalmente minada, inclusivamente por um ato de sabotagem dos gasodutos Nord Stream", comentou o Presidente russo.
Dirigindo-se ao novo embaixador britânico, Putin limitou-se a dizer que o estado do diálogo entre a Rússia e o Reino Unido era "conhecido de todos".
"Esperamos que a situação, no interesse dos nossos dois países e do nosso povo, evolua para melhor", comentou o líder russo.
Dirigindo-se ao novo embaixador esloveno, Putin lamentou que o diálogo bilateral entre Moscovo e Ljubljana esteja parado, garantindo que a Rússia está pronta para relançá-lo se a parte eslovena assim o desejar.
Ao novo embaixador grego, Putin disse que era necessário dar atenção ao estado das relações bilaterais, acrescentando esperar que "os laços tradicionais" entre Atenas e Moscovo ajudem a reabilitar a parceria entre os dois países.
Leia Também: Rússia lança nova grande ofensiva na frente oriental da Ucrânia