Human Rights Watch insta UE a posições "firmes" na cimeira com Pequim

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch instou hoje os líderes da União Europeia (UE) a assumirem posições "firmes e inequívocas" quanto a preocupações com os direitos humanos na próxima cimeira China-UE, a decorrer esta semana.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
04/12/2023 19:09 ‧ 04/12/2023 por Lusa

Mundo

China-UE

Numa carta aberta dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a ONG instou a UE a exprimir "firme e inequivocamente" mensagens a Pequim no sentido do compromisso com os direitos humanos e encorajou as instituições comunitárias e os Governos dos Estados-membros a comprometerem-se com "medidas mais eficazes", que devem passar por considerar adotar "novas sanções específicas" e liderar um mecanismo de monitorização na ONU.

"[Deve ser claro também] que como uma das principais prioridades, a UE vai procurar responsabilidades por crimes contra a humanidade e outras graves violações dos direitos humanos", lê-se ainda na missiva publicada no site da organização, que atribui a Pequim crimes designadamente contra uigures e tibetanos, além de criticar a perseguição a defensores de direitos humanos e a "repressão" contra exilados de Hong Kong.

Na carta lê-se ainda a acusação de o Governo chinês estar, nas Nações Unidas, a "minar os mecanismos internacionais de direitos humanos ao reescrever normas, enquanto ajuda a proteger outros Governos de serem responsabilizados através do seu poder de veto" no Conselho de Segurança da ONU.

Notando que a UE tem "repetidamente manifestado fortes preocupações sobre os direitos humanos na China", a organização não deixou de manifestar deceção por a Europa "ter retomado recentemente o diálogo sobre direitos humanos com a China" e ter retirado sentido quanto à "vontade das autoridades chinesas em se comprometerem genuinamente".

Os presidentes do Conselho e da Comissão Europeia e o principal diplomata do bloco europeu, Josep Borrell, vão reunir-se nos dias 07 e 08 de dezembro, em Pequim, com as autoridades chinesas, retomando um encontro anual que foi suspenso durante a pandemia de covid-19.

Outros temas na agenda deverão ser as sanções contra a Rússia, uma solução para a guerra sob os termos da Ucrânia e fricções comerciais.

Leia Também: China acha ser "razoável e legal" ter navios de pesca em águas disputadas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas