Num comunicado de imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Níger anunciou a rescisão do acordo entre o Estado do Níger e a União Europeia relativo à missão civil europeia "EUCAP Sahel Níger", ativa desde 2012.
Esta missão, baseada em Niamey, conta com 120 europeus e apoia "as forças de segurança internas, as autoridades nigerinas e os atores não-governamentais".
O ministério declarou também a "retirada pelo Estado do Níger do consentimento dado para o destacamento de uma missão de parceria militar da UE" no Níger, denominada "EUMPM".
Esta missão foi lançada em fevereiro "a pedido das autoridades nigerinas" para "apoiar o país na sua luta contra os grupos terroristas armados", segundo o portal na Internet do Conselho da UE.
O Níger é afetado pela violência fundamentalista islâmica no oeste e no sudeste do país.
O Governo nigerino escreveu também que "decidiu retirar os privilégios e imunidades concedidos" no âmbito desta missão, sem dar mais pormenores.
Desde o derrube do Presidente eleito Mohamed Bazoum, em 26 de julho, através de um golpe de Estado, os militares no poder cortaram os laços com os parceiros ocidentais do país.
O regime assegurou a partida das forças francesas - que deverão partir no final de dezembro - e está à procura de novos aliados.
Também hoje, uma delegação russa chefiada pelo vice-ministro da Defesa chegou a Niamey para conversações com as autoridades militares.
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