A Associação Zona Centro de Vigo e representantes da polícia, bombeiros e serviços de emergência exigiram à Câmara Municipal de Vigo mais garantias de segurança devido à falta de recursos durante a feira de natal da cidade. Esta viveu nos últimos dias uma enchente de turistas, muitos deles portugueses.
O grupo exige 26 bombeiros operacionais e faixas especiais para ambulâncias dado o risco de vida dos moradores devido aos atrasos nos engarrafamentos.
"Ninguém esperava a sobrelotação da última sexta-feira, viveu-se um acontecimento desconhecido dos serviços de urgência de Vigo, não há nada planeado”, alertou um técnico de saúde citado pelo La Voz de Galicia.
Os bombeiros exigem 26 homens por turno e não 12 ou 16 como agora e os serviços de emergência pedem vias especiais para evitar algo como aconteceu na sexta-feira passada. O mesmo jornal relata que uma ambulância ficou presa durante oito minutos no túnel Beiramar, num dia em que milhares de turistas portugueses invadiram inesperadamente a cidade.
O grupo de queixosos insiste que a cidade não está preparada para um modelo de turismo insustentável em massa e está em colapso, com sérios riscos para os residentes doentes que precisam de uma ambulância.
"Uma maioria absoluta não pode destruir a vida de um bairro ou colocar a vida em risco ou justificar que tudo vale por números recordes de retorno económico. Vigo pode ser uma cidade sem lei durante dois meses para ver quem tem as luzes e a roda gigante", disse a porta-voz da associação dos afetados pelo Natal, Alba Novoa.
O mercado de Natal de Vigo - a 1h30 do Porto - é um dos mais conhecidos da Europa, recebendo todos os anos milhares de pessoas para ver as luzes de Natal e a roda gigante. Este ano, a árvore de Natal de Vigo atinge uma altura de 40,5 metros, mais cinco do que no ano passado.
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