O Museu de Belas Artes do estado norte-americano da Virgínia iniciou o processo de devolução de 44 peças de arte antiga aos seus países de origem, depois de as autoridades terem apresentado à instituição aquilo que consideraram ser "provas irrefutáveis" de que as obras tinham sido roubadas.
Ao que noticia a Associated Press, o museu anunciou, em comunicado de imprensa, na terça-feira, que tinha "entregue em segurança" as peças ao gabinete do procurador de Manhattan, em Nova Iorque, que facilitará a devolução dos objetos à Itália, Egipto e Turquia.
Em causa está um inquérito sobre as obras de arte como parte de uma investigação mais alargada, juntamente com o Departamento de Segurança Interna.
"As provas claras e convincentes apresentadas não deixaram dúvidas de que o museu não detém a propriedade destas 44 obras de arte antiga", afirmou Michael R. Taylor, conservador-chefe do museu e diretor-adjunto para a arte e a educação, num comunicado. "A arte roubada não tem lugar nas nossas galerias ou coleções, pelo que temos o prazer de devolver estas obras aos seus países de origem", acrescentou.
Entre as obras devolvidas encontra-se um guerreiro etrusco em bronze que, segundo o museu, foi roubado de um museu arqueológico em Bolonha, Itália, em 1963.
As outras 43 obras foram roubadas no âmbito de uma conspiração criminosa internacional que está atualmente a ser investigada e que envolve o tráfico de antiguidades.
Segundo o museu, não existem provas que liguem "atuais funcionários a qualquer atividade criminosa" relacionada com a aquisição das peças, que ocorreu maioritariamente nas décadas de 1970, 1980 e início de 1990.
Jan Hatchette, porta-voz do museu, disse, por e-mail, esta quarta-feira de manhã, que não tinha permissão para responder a perguntas da Associated Press relacionadas com a investigação.
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