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Putin e príncipe herdeiro saudita sublinham relações "boas e estáveis"

O Presidente russo, Vladimir Putin, destacou hoje em Riade a importância da troca de opiniões sobre o conflito em curso no Médio Oriente, definindo ainda as relações políticas e económicas com o reino saudita como "boas" e "estáveis".

Putin e príncipe herdeiro saudita sublinham relações "boas e estáveis"
Notícias ao Minuto

20:39 - 06/12/23 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O líder russo falava no início de uma reunião em Riade com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

"Para todos nós é decerto importante trocar informação e avaliar sobre o que ocorre na região", disse Putin, em declarações no Palácio real Al Yamamah, na capital da Arábia Saudita.

Putin definiu as relações com o reino saudita em termos políticos e económicos como "muito boas" e "estáveis".

"A nossa reunião, sem qualquer dúvida, é oportuna", disse o líder russo.

O chefe de Estado russo sublinhou que "nada pode impedir o desenvolvimento das amistosas relações" entre Riade e Moscovo e recordou que a União Soviética "foi há quase 100 anos um dos primeiros Estados que reconheceu a independência da Arábia Saudita".

"Em todo este tempo muito ocorreu nas nossas relações. Mas nos últimos sete anos as relações adquiriram uma qualidade e avançaram a um nível que nunca registaram antes", disse.

Putin também elogiou a figura e a "sábia política" do rei saudita Salman bin Abdulaziz al Saud, que se tornou em 2017 no primeiro monarca saudita a visitar Moscovo, impulsionando as relações entre os dois países.

Em resposta, o príncipe herdeiro saudita e primeiro-ministro assinalou que o Presidente da Rússia "é um convidado especial e estimado" no reino árabe -- que recebeu Putin em Riade e proveniente dos Emirados Árabes Unidos (EAU) --, com uma enorme comitiva.

O líder de facto da Arábia Saudita também se referiu às "grandes oportunidades" de cooperação entre os dois países, que devem "trabalhar juntos para os interesses dos nossos povos, da região e de todo o mundo".

Putin, que não viajava para a região há quatro anos, e para além da situação no Médio Oriente, deverá abordar com Bin Salman a cooperação no âmbito da OPEP+ -- uma aliança dos países produtores e exportadores de petróleo liderada pela Arábia Saudita e Rússia --, e a guerra na Ucrânia.

Estes assuntos foram também abordados previamente na reunião em Abu Dabi entre o Presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohamed bin Zayed, e o chefe do Kremlin, na sequência do ingresso do país árabe no grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), algo que a Arábia Saudita irá também garantir a partir de 01 de janeiro próximo.

No plano bilateral, deverá ser ainda abordada a cooperação comercial entre Moscovo e Riade, investimentos, e o Corredor de transportes norte-sul.

Na sua deslocação a Abu Dhabi, Putin disse ter abordado com Bin Zayed o "conflito israelo-árabe" e a situação em torno da crise ucraniana, para além de também destacar as relações bilaterais que atingiram um nível "sem precedentes".

O líder russo destacou que, além de projetos ambiciosos nos setores do petróleo e do gás, ambos os países cooperam no âmbito da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP+).

"Terei todo o prazer em continuar o nosso trabalho conjunto no sentido de fortalecer a cooperação bilateral em diferentes áreas. Damos especial prioridade ao desenvolvimento de setores como energia, infraestruturas, tecnologia de ponta e outros", sublinhou o Presidente russo.

Putin também lembrou os cerca de um milhão de turistas russos que viajaram para os Emirados Árabes Unidos no ano passado e a abertura de uma escola russa naquele país.

"Estamos gratos pela solução para a questão da concessão de terreno para a construção de um templo ortodoxo", referiu.

Putin desejou ainda sucessos ao seu homólogo na realização da Cimeira do Clima das Nações Unidas (COP28), que conta com a presença de uma delegação russa, que está a acontecer no Dubai.

É a terceira viagem ao estrangeiro que Putin efetua em 2023.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em março deste ano um mandado de captura internacional para o Presidente russo, Vladimir Putin, e para a sua comissária para os Direitos da Infância, Maria Lvova Belova.

O TPI acusa ambos de crimes de guerra relacionados com a deportação forçada de menores ucranianos para território da Rússia.

Leia Também: Zelensky diz que Putin conta com o "colapso" do apoio ocidental

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