Em comunicado, o PE anunciou que uma delegação do subcomité de Segurança e Defesa vai estar entre sexta-feira e domingo em Israel e na Cisjordânia para encontros com as autoridades israelitas, palestinianos, familiares de reféns do movimento islamista Hamas, elementos da sociedade civil palestiniana e "parceiros internacionais" que não são especificados.
A delegação, composta pela eurodeputada francesa Nathalie Loiseau, do Renovar Europa - responsável por este subcomité -, e pelo eurodeputado alemão David McAllister, do Partido Popular Europeu (PPE) - representante do Comité de Negócios Estrangeiro - vai "abordar o papel da UE hoje e no futuro da região", especificamente as duas missões de segurança e defesa do parlamento nos territórios palestinianos.
Depois de um apoio inequívoco à necessidade de defesa de Israel, na sequência de um atentado perpetrado pelo Hamas em 07 de outubro, o maior contra a população judaica desde a Segunda Guerra Mundial, a comunidade internacional está hoje mais dividida entre apoiar Telavive na incursão militar na Faixa de Gaza e apelar a um cessar-fogo.
De acordo com as autoridades palestinianas e algumas organizações não-governamentais no terreno, mais de 16.000 pessoas morreram no enclave palestiniano em apenas dois meses, incluindo reféns que Israel dizia estar a tentar recuperar.
Em oito semanas só houve seis dias de trégua para troca de reféns de um lado e do outro.
A Organização das Nações Unidas tem apelado a um cessar-fogo e alertado para o que diz ser uma crise humanitária sem precedentes em Gaza.
A UE tem insistido que é o momento de avançar para a solução dos dois Estados e avisado que é preciso desagravar as tensões, sob receio de o conflito alastrar a outros países do Médio Oriente.
Apesar de o conflito entre o movimento islamista e o exército israelita estar concentrado na Faixa de Gaza, aumentaram os episódios de violência nos colonatos israelitas na Cisjordânia.
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