"Nestas inundações, vimos 120 vidas perdidas em todo o país, especialmente nas regiões de Bay, Gedo e Jubba (sul)", disse o presidente da Agência de Gestão de Desastres da Somália (SODMA), Mohamud Moalin Abdulle, de acordo com os meios de comunicação locais.
"Este número inclui várias pessoas que morreram num barco que se afundou quando tentavam escapar ao grupo (terrorista) Al-Shebab", acrescentou.
Abdulle lamentou as dificuldades em fazer chegar a ajuda às populações afetadas, uma vez que as inundações obrigaram ao encerramento de muitos aeroportos e aeródromos.
De acordo com os últimos dados do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), as inundações e as chuvas torrenciais afetaram mais de 2,4 milhões de pessoas na Somália, incluindo mais de um milhão que foram obrigadas a fugir das suas casas.
Provocaram também pelo menos 165 mortes no vizinho Quénia, 63 na Tanzânia e 57 na Etiópia, segundo a ONU e os governos destes países.
O El Niño é uma alteração da dinâmica atmosférica provocada por um aumento da temperatura do Oceano Pacífico.
As inundações seguiram-se à pior seca das últimas quatro décadas no Corno de África, uma escassez de água que levou a Somália à beira da fome, com 6,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda, segundo a ONU.
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