Em conferência de imprensa, no final de uma reunião do Executivo em Pretória, a capital do país, a ministra da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, indicou que o projeto mereceu hoje a aprovação do Governo.
O financiador russo foi a "opção preferencial" da PetroSA entre 20 candidatos à reativação da unidade industrial, em Mossel Bay, sudeste do país, num projeto avaliado em 3,7 mil milhões de rands (180,1 milhões de euros ao câmbio atual), segundo as autoridades sul-africanas.
Nesse sentido, a governante sul-africana defendeu a parceria de investimento com o banco estatal russo Gazprombank através do qual dependem os compradores europeus de gás russo, no atual quadro de sanções dos Estados Unidos e da União Euroepia contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.
"O Gazprom investirá numa base de partilha de riscos e benefícios. É claro que a PetroSA teria feito uma avaliação de risco em relação às sanções. A África do Sul não é o primeiro país com ligações ao Gazprombank ou a empresas russas. A Índia compra petróleo à Rússia, a UE tem relações com a Rússia e até os EUA têm relações com a Rússia. Tem havido isenções das sanções dos EUA. O que o Executivo considerou fundamental foi o investimento no país e os benefícios na redução do preço dos combustíveis", referiu à imprensa a ministra sul-africana.
Ntshavheni salientou que o relacionamento da África do Sul com a Rússia "é impulsionado pela parceria nos BRICS", vincando que "isso não vai mudar amanhã".
A empresa pública PetroSA, que se encontra tecnicamente falida, encerrou a refinaria de Mossel Bay, em 2020. A unidade industrial converte gás e condensado em combustível para veículos.
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