Um tribunal romeno rejeitou na segunda-feira o pedido do 'influencer' britânico Andrew Tate para devolver os bens apreendidos durante as investigações do processo em que é acusado de tráfico de seres humanos, violação e formação de um grupo criminoso para explorar sexualmente mulheres, avança a Associated Press (AP).
A decisão do Tribunal de Bucareste pode ser objeto de recurso no prazo de 48 horas, recurso esse que já foi apresentado pelo advogado de Tate, Eugen Vidineac.
A decisão surge quase um ano depois de Tate, o seu irmão Tristan e duas mulheres romenas terem sido detidos perto de Bucareste.
Os procuradores romenos acusaram formalmente os quatro em junho, acusações que foram negadas por todos os envolvidos.
Após a sua detenção, as autoridades romenas apreenderam 15 carros de luxo - entre os quais um Rolls-Royce, um Ferrari, um Porsche, um BMW, um Aston Martin e um Mercedes-Benz -, 14 relógios de marca e dinheiro em várias moedas.
A AP avança que, segundo as autoridades, o valor estimado dos bens é de 3,6 milhões de euros.
Na altura, a agência romena de combate ao crime organizado disse que os bens poderiam ser usados para cobrir as despesas da investigação e indemnizar as vítimas, se as autoridades conseguissem provar que foram obtidos através de atividades ilícitas.
Na semana passada, o tribunal decidiu aliviar as restrições geográficas contra Tate e o irmão, permitindo-lhes viajar livremente pela Roménia sob aprovação prévia. Esta decisão é definitiva.
A data do julgamento ainda não foi confirmada, estando o processo a ser discutido. Os arguidos podem contestar as provas e o processo do Ministério Público.
Andrew Tate, que acumulou 8,4 milhões de seguidores na rede social X (antigo Twitter), tem afirmado repetidamente que não há provas contra ele e que existe uma conspiração política para o silenciar.
De recordar que Andrew Tate e o irmão foram detidos em dezembro de 2022. O 'influencer' foi libertado em março passado e colocado em prisão domiciliária. Em agosto, um tribunal de Bucareste, na Roménia, decidiu libertar o 'influencer' britânico enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico humano, violação e associação criminosa.
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