Os vídeos dos militares a utilizarem os altifalantes da mesquita surgiram na quarta-feira e têm circulado nas redes sociais desde então.
Num desses vídeos, segundo as agências internacionais, é possível ver um soldado a cantar uma canção do Hanukkah, enquanto que noutro é transmitida uma mensagem aos residentes do campo de refugiados da cidade.
"Em nome de Deus misericordioso. Este é o porta-voz das Forças de Defesa de Israel", afirmou o soldado, segundo relatam as agências internacionais.
"Aos habitantes do campo. A história acabou, não permitiremos a presença de homens armados no interior do campo. O futuro será limpo, queremos que vivam com dignidade no campo. Não há poder senão o poder de Deus", acrescentou.
Um porta-voz do Exército israelita informou hoje que todos os envolvidos foram imediatamente afastados, descrevendo o seu comportamento como "grave" e "totalmente contrário aos valores das Forças de Defesa de Israel".
"Serão objeto de medidas disciplinares adequadas", adiantou o porta-voz, citado pelo jornal The Times of Israel.
O campo de refugiados de Jenin tem sido um dos epicentros das operações de segurança das forças israelitas nos últimos meses, incluindo uma operação em grande escala em julho, a maior na Cisjordânia desde a Segunda Intifada, há quase duas décadas.
A operação em curso surge no meio de uma vaga de violência verificada este ano, que se intensificou na sequência dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), em 07 de outubro, em território israelita, que causaram 1.200 mortos, a maioria civis, e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, mais de 260 palestinianos foram mortos pelo exército ou em ataques de colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita palestiniano Hamas desde 2007, as autoridades afirmaram que os ataques israelitas já mataram mais de 18 mil palestinianos.
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