"História" e "enorme passo". Reações às negociações com Ucrânia e Moldova

O Conselho Europeu revelou, esta quinta-feira, que vai abrir as negociações sobre a adesão da Ucrânia e da Moldova à União Europeia.

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© Ruslan Kaniuka / Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

Notícias ao Minuto
14/12/2023 22:31 ‧ 14/12/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

União Europeia

O líder do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou esta quinta-feira que serão abertas oficialmente as negociações da adesão da Ucrânia e da Moldova na União Europeia (UE).

"O Conselho Europeu decidiu abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova", anunciou Charles Michel, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

"A UE concedeu o estatuto de candidato à Geórgia. E a UE abrirá negociações com a Bósnia e Herzegovina assim que for atingido o grau necessário de cumprimento dos critérios de adesão e convidou a Comissão a apresentar um relatório até março com vista à tomada dessa decisão", acrescentou, frisando tratar-se de "um sinal claro de esperança para os seus povos e para o nosso continente".

A notícia veio após a Hungria - que abandonou a sala no momento da votação - ter levantado o seu veto à questão, o que gerou reações um pouco por todo o mundo, tanto dos envolvidos como de outros representantes europeus.

Zelensky, Saidu e von der Leyen enaltecem "história"

O próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recorreu ao X (antigo Twitter) para reagir ao anúncio, agradecendo a "todos os que trabalharam" em prol da hipotética adesão de Kyiv à UE.

"O Conselho Europeu decidiu iniciar as negociações com a Ucrânia e a Moldova, agradeço a todos os que trabalham para que isto acontecesse e todos os que ajudaram. Hoje felicito cada ucraniano", disse Zelensky, defendendo que a História "é feita pelos que não estão cansados de lutar pela liberdade".

A presidente da Moldova, Maia Sandu, focou-se também no teor histórico desta decisão. "Esta é uma vitória para todos nós (...), uma nova página na nossa história. Há dois anos, ninguém teria imaginado" tal cenário, reagiu Maia Sandu, numa mensagem publicada na rede social Facebook.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, argumentou que a decisão "vai ficar na história". "Os líderes [europeus] decidiram abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia e conceder o estatuto de país candidato à Geórgia. [É] uma decisão estratégica e um dia que ficará gravado na história da nossa União", declarou, no X (antigo Twitter).

"Má decisão", diz Orbán. Scholz realça "sinal forte de apoio"

Quem, no entanto, não se mostrou tão satisfeito com a decisão foi o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que achou tratar-se de uma "má decisão". "A Hungria não quer participar desta má decisão", escreveu Orbán, também no Facebook.

Mas do lado contrário esteve o próprio líder do Conselho Europeu, Charles Michel, que disse que foi uma "decisão forte". "Isto é muito importante [porque] queremos apoiar a Ucrânia. Este é um sinal político muito forte e uma decisão política muito forte e penso que hoje isto mostra às pessoas da Ucrânia que estamos do lado delas", reagiu, em declarações aos jornalistas em Bruxelas.

Também o chanceler alemão, Olaf Scholz, saudou a decisão, considerando que é um "sinal forte de apoio". "Acabámos de decidir iniciar conversações de adesão com a Ucrânia e também com a Moldova. É claro que estes países fazem parte da família europeia", escreveu Scholz no X (antigo Twitter).

Em Portugal e em Espanha saudou-se um "dia histórico"

Por sua vez, António Costa disse que o bloqueio que se mantinha sobre as negociações para a adesão da Ucrânia à UE foi desfeito de "forma elegante", já que a Hungria, como "não queria bloquear a decisão, mas não se queria associar à decisão", decidiu sair da sala no momento da votação. O primeiro-ministro enalteceu, aos jornalistas, ter-se tratado de um "dia histórico".

Já o presidente do governo espanhol repetiu, 'tintim por tintim', as palavras, defendendo que este foi "um dia histórico para a Europa". "Quero felicitar a Ucrânia e a Moldova pela decisão do Conselho Europeu de iniciar as negociações para a sua adesão à UE", escreveu Sánchez no X (antigo Twitter).

Geórgia obteve estatuto de candidato num "enorme passo"

Em simultâneo, a Geórgia obteve o estatuto de candidato à adesão à União Europeia, o que foi, na perspetiva da presidente pró-Ocidente do país, um "enorme passo". "Este dia marca um enorme passo para a Geórgia e para a nossa família europeia", declarou Salome Zurabishvili no X (antigo Twitter), argumentando que "a inabalável vontade do povo georgiano foi expressa".

Leia Também: Michel felicitou Zelensky, Sandu e PM da Geórgia por momento histórico

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