"Aqueles que têm uma pena executória de cinco anos ou mais vão ser expulsos do país (...) cerca de 1.500 pessoas que vieram para este país para cometer crimes e estes não são crimes simples, são crimes graves", disse Noboa, numa conferência de imprensa, na sexta-feira, depois de uma reunião sobre segurança na cidade portuária de Guayaquil (sudoeste).
De acordo com o recenseamento prisional de 2022, há 3.245 reclusos de nacionalidade estrangeira nas prisões equatorianas, o que representa 10% da população prisional total (31.321). Destes, 2.900 são homens.
Noboa acrescentou, sem especificar um calendário, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros estava já em contacto com "Peru, Colômbia e Venezuela, uma vez que mais de 80% destas 1.500 pessoas são provenientes destes países".
O governante anunciou também estar a trabalhar numa consulta popular, com um máximo de 14 perguntas sobre forças armadas, reforma do sistema judicial e emprego.
O Equador, país que se tornou um centro para o transporte de cocaína para os Estados Unidos e a Europa, é palco da violência de gangues e traficantes de droga, com um recorde de 26 homicídios por 100 mil habitantes em 2022, número que pode chegar este ano aos 40, de acordo com especialistas.
As prisões são palco de massacres recorrentes entre grupos rivais. Desde fevereiro de 2021, houve pelo menos uma dúzia de massacres em que foram mortos mais de 460 presos.
Para controlar os reclusos mais perigosos, o Governo propôs a construção de pelo menos seis prisões de segurança, disse a ministra do Interior, Monica Palencia.
O Presidente equatoriano já anunciou a intenção de alugar três navios que poderão ser utilizados como prisões no mar, para separar os reclusos mais perigosos enquanto são construídas novas instalações.
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