Os balões chineses tornaram-se uma questão politicamente sensível desde fevereiro passado, quando os Estados Unidos abateram o que descreveram como um balão espião depois de este ter sobrevoado o seu território.
Pequim afirmou que se tratava de um balão meteorológico que se desviou da sua trajetória.
Nos últimos anos, a China intensificou a sua pressão militar e política sobre Taiwan, que reivindica como parte do seu território, mas os avistamentos de balões são relativamente raros.
Os dois avistamentos anunciados hoje foram feitos às 09h03 (01h03, em Lisboa) e às 14h43 de domingo, a cerca de 204 quilómetros a noroeste de Keelung, uma cidade portuária a cerca de 20 quilómetros a norte de Taipé, depois de atravessarem o Estreito, informou o ministério da Defesa de Taiwan.
“Os balões dirigiram-se para leste e desapareceram às 09h36 e 16h35, respetivamente", acrescentou em comunicado.
Um porta-voz do ministério da Defesa disse que as primeiras indicações são de que se tratavam de balões meteorológicos.
Taipé já tinha anunciado que um balão atravessou a linha mediana do Estreito de Taiwan no dia 08 de dezembro.
O ministro da Defesa, Chiu Kuo-cheng, afirmou na altura que poderia tratar-se de um balão de vigilância ou de um balão meteorológico que se deslocou em direção à ilha autónoma sob a influência dos ventos e que poderia ser utilizado para investigação e obtenção de dados meteorológicos.
Taiwan está em alerta máximo nas vésperas das eleições presidenciais de janeiro, com Taipé e Washington a avisarem Pequim para não interferir na votação.
Pequim, que não desistiu de reunificar a ilha pela força, tem vindo a exercer forte pressão militar e económica sobre Taiwan desde que Tsai Ing-wen, de um partido tradicionalmente favorável à independência, chegou ao poder em 2016.
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