O ministro "participou esta manhã numa reunião por videoconferência com vários ministros da Defesa das forças armadas de países irmãos e aliados", informou a agência de notícias estatal, BNA, sem nomear os Estados participantes na reunião.
A reunião virtual abordou questões relacionadas com a luta contra o terrorismo e a pirataria marítima, com o objetivo de "reforçar a estabilidade regional e a liberdade de navegação" no Mar Vermelho, referiu a agência.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, apelou hoje, durante a reunião virtual em Manama, à união global para travar os ataques dos rebeldes Huthi, que "já afetam a economia global" avisando que, sem essa unidade, os insurgentes "continuarão a ameaçar a navegação comercial".
O Pentágono anunciou na segunda-feira uma coligação militar de dez países para garantir a segurança e a liberdade de navegação no Mar Vermelho, face aos ataques recorrentes dos rebeldes Huthi do Iémen.
Para além dos Estados Unidos, a coligação inclui o Reino Unido, a França, a Espanha, a Itália, os Países Baixos, o Canadá, a Noruega, as Seychelles e o Bahrein, o único país árabe, informou o chefe do Pentágono em comunicado.
A missão Prosperity Guardian será coordenada pelas Forças Marítimas Combinadas (CMF, na sigla em inglês), que inclui um grupo de trabalho, o CTF 153, criado em abril de 2022 para melhorar a segurança marítima no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb.
As CMF são compostas por 39 países, incluindo Portugal, e as autoridades norte-americanas disseram que estavam em conversações para determinar quais nações irão participar na nova missão.
Na semana passada, o Presidente israelita, Isaac Herzog, apelou para a constituição de "uma coligação verdadeiramente internacional" para combater os rebeldes Huthis do Iémen, e para que as ações lideradas pelos Estados Unidos sejam "impulsionadas e fortalecidas".
O movimento rebelde Huthi pertence ao autodenominado "eixo de resistência", juntamente com o Irão, a Síria e os grupos xiita libanês Hezbollah e sunita palestiniano Hamas.
Após a eclosão da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os Huthis dispararam mísseis e 'drones' contra o sul de Israel e também contra navios que arvoram a bandeira israelita ou que sejam propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb.
Os principais grupos de navegação, incluindo a Maersk e a Hapag-Lloyd, anunciaram na passada sexta-feira a suspensão das suas operações no Mar Vermelho.
A companhia petrolífera BP cancelou temporariamente a passagem dos seus navios pela zona.
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