O decreto, a que a Lusa teve acesso, não especificou os motivos da decisão de Sissoco Embaló.
Fontes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual Geraldo Martins é vice-presidente, indicaram à Lusa que o dirigente não alcançou entendimento com o chefe de Estado quanto à natureza do próximo Governo a ser formado.
De acordo com aquelas fontes, enquanto Geraldo Martins pretendia liderar um executivo com base nos resultados das últimas eleições legislativas, que deram a vitória, com uma maioria absoluta, à Plataforma Aliança Inclusiva (PAI -- Terra Ranka), encabeçada pelo PAIGC, Embaló queria um Governo da sua iniciativa.
No dia em que reconduziu Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro, o Presidente guineense salientou que o novo Governo a ser formado seria da sua exclusiva competência e que só prestaria contas a si.
Umaro Sissoco Embaló demitiu o Governo eleito e dissolveu o parlamento no passado dia 04, invocando grave crise institucional no país na sequência de confrontos armados, no dia 30 de novembro e 01 deste mês, que considerou tratar-se de tentativa de golpe de Estado.
A presidência guineense anunciou que o nome do novo primeiro-ministro será conhecido ainda hoje e o mesmo será empossado pelo chefe de Estado na quarta-feira.
Leia Também: Guiné-Bissau. Macron encoraja Embaló a formar "rapidamente novo governo"