MNE israelita quer acelerar ajuda humanitária a Gaza a partir de Chipre
Israel quer acelerar a entrega de ajuda humanitária a Gaza através de um corredor marítimo a partir de Chipre, reforçando a estabilidade na região, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Eli Cohen.
© Ahmad Hasaballah/Getty Images
Mundo Israel
O ministro israelita disse que as equipas técnicas israelitas e cipriotas vão entre hoje e quinta-feira acertar os detalhes da iniciativa para que os carregamentos de ajuda do porto cipriota de Larnaca, a cerca de 385 quilómetros de Gaza, possam começar o mais rapidamente possível.
"Chipre e Israel, juntamente com outros parceiros da região, estão a promover a iniciativa de um corredor marítimo seguro para facilitar a transferência de assistência humanitária para Gaza de forma organizada e bem inspecionada", disse Cohen após as conversações com o seu homólogo cipriota Constantinos Kombos.
O principal diplomata de Israel foi informado dos pormenores da iniciativa durante uma visita ao Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento de Zenon, em Larnaca, que funcionará como centro operacional para os carregamentos de ajuda.
Cohen inspecionou pessoalmente as instalações de armazenamento e as medidas de segurança no porto de Larnaca.
O Chipre lançou a ideia de um corredor de ajuda logo após o início da guerra em Gaza, na sequência do ataque do movimento islamita Hamas a 07 de outubro no sul de Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez mais de duas centenas de reféns.
A guerra, agora na décima semana, devastou grande parte do norte de Gaza, matou cerca de 20.000 palestinianos e expulsou cerca de 1,9 milhões das suas casas, quase 85% da população.
Israel apelou ao resto do mundo para colocar o movimento palestiniano Hamas na lista negra das organizações terroristas, afirmando que deve ser erradicado.
Kombos disse que as autoridades cipriotas delinearam um plano detalhado para o "fluxo sustentado de assistência humanitária de alto volume para os civis em Gaza, através de um corredor marítimo de sentido único".
A ideia é utilizar navios capazes de chegar à costa de Gaza para entregar a ajuda diretamente, depois de esta ter sido cuidadosamente inspecionada no porto de Larnaca, na presença de funcionários israelitas e de outras nacionalidades.
As autoridades cipriotas afirmaram que vários países enviaram ajuda que está atualmente armazenada no porto de Larnaca, incluindo a Grã-Bretanha que também enviou um navio para ajudar nas entregas.
"É um compromisso que começa agora e evolui para o que, esperamos, seja um projeto a longo prazo", disse Kombos.
"O Chipre está pronto. Aguardamos com expectativa a vossa luz verde para a primeira viagem", acrescentou.
Entretanto, Cohen reiterou que Israel não pretende abrir outra frente na sua fronteira norte com o Líbano para travar os disparos de rockets do Hezbollah, mas não hesitará em fazê-lo se a comunidade internacional não agir para travar os ataques.
"Uma guerra no Líbano ainda pode ser evitada", afirmou Cohen, referindo que "se a comunidade internacional não conseguir fazê-lo, não nos restará outra alternativa senão tomar as medidas necessárias."
O ministro israelita também voltou a excluir a possibilidade de um cessar-fogo em Gaza, dizendo que seria uma "prenda" para o Hamas, e castigou as nações que votaram a favor de uma resolução da Assembleia Geral da ONU que pedia a cessação das hostilidades.
"Deixem-me enviar uma mensagem clara à comunidade internacional e aos estados membros da ONU. Se uma organização terrorista celebra a vossa decisão, isso significa que tomaram as decisões erradas. Estão do lado errado da história", declarou Cohen.
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