Além da pena de 12 anos de prisão, o tribunal de Moscovo condenou Mikhail Abyzov a pagar uma multa de 80 milhões de rublos (cerca de 800 mil euros, à taxa de cambio atual), de acordo com veredicto citado pelas agências de notícias russas.
Um dos advogados de defesa, Arthur Bolchakov, indicou, em declarações à agência de notícias TASS, que o seu cliente irá ponderar durante algum tempo antes de decidir se recorre ou não da decisão.
Segundo a investigação, Mikhail Abyzov desviou entre 2011 e 2014, com a ajuda de outros cinco empresários e gestores do setor energético, quantias superiores a quatro mil milhões de rublos (cerca de 55 milhões de euros à taxa de 2019).
Mikhail Abyzov, de 51 anos, também foi acusado de formar um "grupo criminoso".
O antigo ministro, que vivia entre Itália e os Estados Unidos, foi detido no início de 2019 durante uma operação dos serviços de segurança russos (FSB), durante uma estadia na capital russa.
Abyzov foi o ministro responsável pelas relações com a sociedade civil de 2012 a 2018 e, em 2014, foi o membro do governo com os rendimentos mais elevados, com 282 milhões de rublos (5,7 milhões de euros à taxa de 2019) anuais.
Até a sua detenção, era considerado próximo do ex-presidente e chefe de Governo Dmitry Medvedev, que o nomeou para o cargo em 2012.
Era também membro da ala liberal da elite do poder russo, que muitas vezes entra em oposição com os líderes dos "siloviki", os vários responsáveis da administração e grandes empresas russas provenientes, como o Presidente Vladimir Putin, dos serviços secretos, forças armadas ou da polícia.
Leia Também: Maduro e Putin conjugam esforços em "agenda de interesses comuns"