Ex-ministro condenado a 12 anos de prisão por peculato na Rússia

Um ex-ministro russo, considerado próximo do antigo Presidente Dmitry Medvedev, foi hoje condenado a 12 anos de prisão por peculato e aproveitamento das suas funções para formar um "grupo criminoso".

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Lusa
21/12/2023 22:32 ‧ 21/12/2023 por Lusa

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Rússia

Além da pena de 12 anos de prisão, o tribunal de Moscovo condenou Mikhail Abyzov a pagar uma multa de 80 milhões de rublos (cerca de 800 mil euros, à taxa de cambio atual), de acordo com veredicto citado pelas agências de notícias russas.

Um dos advogados de defesa, Arthur Bolchakov, indicou, em declarações à agência de notícias TASS, que o seu cliente irá ponderar durante algum tempo antes de decidir se recorre ou não da decisão.

Segundo a investigação, Mikhail Abyzov desviou entre 2011 e 2014, com a ajuda de outros cinco empresários e gestores do setor energético, quantias superiores a quatro mil milhões de rublos (cerca de 55 milhões de euros à taxa de 2019).

Mikhail Abyzov, de 51 anos, também foi acusado de formar um "grupo criminoso".

O antigo ministro, que vivia entre Itália e os Estados Unidos, foi detido no início de 2019 durante uma operação dos serviços de segurança russos (FSB), durante uma estadia na capital russa.

Abyzov foi o ministro responsável pelas relações com a sociedade civil de 2012 a 2018 e, em 2014, foi o membro do governo com os rendimentos mais elevados, com 282 milhões de rublos (5,7 milhões de euros à taxa de 2019) anuais.

Até a sua detenção, era considerado próximo do ex-presidente e chefe de Governo Dmitry Medvedev, que o nomeou para o cargo em 2012.

Era também membro da ala liberal da elite do poder russo, que muitas vezes entra em oposição com os líderes dos "siloviki", os vários responsáveis da administração e grandes empresas russas provenientes, como o Presidente Vladimir Putin, dos serviços secretos, forças armadas ou da polícia.

Leia Também: Maduro e Putin conjugam esforços em "agenda de interesses comuns"

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