O agressor que abriu fogo na Universidade Charles, em Praga, matou 13 pessoas antes de cometer suicídio, anunciaram as autoridades, revendo o número de vítimas, que tinha sido apontado como 14.
"Conhecemos as identidades dos mortos. São 13 as vítimas do atirador louco, além de ele mesmo", afirmou o ministro do Interior, Vit Rakusan, em declarações à televisão pública checa, tendo depois a polícia confirmado que o atirador cometeu suicídio.
Entre as vítimas estão três cidadãos estrangeiros, cuja nacionalidade não foi revelada, mas as respetivas embaixadas foram informadas, referiram as autoridades.
O ataque começou por volta das 15:30 locais (14:30 em Lisboa) de quinta-feira, num edifício localizado perto da Faculdade de Letras, no centro histórico da capital checa, onde se situam importantes locais turísticos, como a Ponte Carlos, do século XIV, sendo os motivos do crime e as armas utilizadas - o assassino levou para a faculdade uma mala com um arsenal de munições - ainda desconhecidos.
Segundo o chefe da polícia, Martin Vondrasek, a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois de o seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.
O atirador "partiu para Praga a dizer que se queria suicidar", acrescentou.
Uma primeira busca foi realizada no edifício da Faculdade de Letras, onde o assassino iria frequentar uma aula, mas o jovem dirigiu-se a outro edifício e a as autoridades não o encontraram a tempo.
Além dos mortos, o tiroteio provocou 25 feridos, nove dos quais ficaram em estado grave, mas já estão estabilizados, de acordo com fontes hospitalares.
Segundo a emissora pública CT24, as vítimas sofreram impactos na cabeça, no esterno e nas extremidades, e alguns tiveram de ser submetidos a cirurgia.
Hoje de manhã, os transportes urbanos na zona, em redor da famosa Ponte Carlos, foram restabelecidos, depois de terem sido interrompidos devido ao ataque.
Muitas pessoas estavam esta manhã no local, onde foram acender uma vela em homenagem às vítimas, e um espaço ao ar livre na reitoria da universidade foi designado como local de oração.
O Governo decretou que sábado será "dia de luto nacional", e às 12:00 tocarão as sirenes e será cumprido um minuto de silêncio.
O Ministério do Interior anunciou também um reforço das medidas preventivas na universidade, que implica a presença de agentes de segurança com armas até 01 de janeiro.
O ministro Vit Rakusan pediu ainda à imprensa que fosse discreta com as informações sobre o suspeito e não publicasse as suas fotos ou informações sobre o jovem, para não incitar outras pessoas a imitar a sua ação.
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