Os Estados Unidos tinham oferecido uma recompensa de 10 milhões de dólares (9,1 milhões de euros) pela captura de Maalim Ayman, chefe de uma unidade deste grupo islamita afiliado à Al-Qaida, que desde 2007 tem travado uma sangrenta insurreição contra o Governo somali.
"Foi confirmado que Maalim Ayman, um líder sénior do Al-Shebab, foi morto durante uma operação conjunta do Exército Nacional da Somália com a ajuda das forças norte-americanas, a 17 de dezembro", anunciou o ministro da Informação, Cultura e Turismo, Daud Aweis, no "X" (antigo Twitter), na quinta-feira.
"Ayman era responsável pelo planeamento de vários ataques terroristas mortais na Somália e nos países vizinhos", acrescentou.
O Comando Africano das Forças Armadas dos Estados Unidos (AFRICOM) declarou em comunicado, na terça-feira, que tinha matado "um militante shebab" num ataque aéreo realizado "em coordenação com o Governo federal da Somália", a 17 de dezembro, perto de Jilib, no sul da Somália, sem dar mais pormenores.
De acordo com Washington, Maalim Ayman é o comandante de uma unidade shebab chamada Jaysh Ayman e o instigador de um ataque realizado a 05 de janeiro de 2020 contra uma base militar americano-queniana conhecida como Camp Simba, em Manda Bay, perto da ilha turística de Lamu, no leste do Quénia, não muito longe da fronteira com a Somália.
Três americanos foram mortos, juntamente com quatro membros do comando do Al-Shebab.
De acordo com um estudo realizado no ano passado pela Universidade George Washington, a unidade Jaysh Ayman foi criada pelo Al-Shebab?para se infiltrar no Quénia, estando na origem de ataques regulares no nordeste deste país.
O Al-Shebab luta contra o Governo federal da Somália, apoiado pela comunidade internacional, há mais de 16 anos. São considerados um grupo terrorista por Washington desde 2008.
Expulsos das principais cidades em 2011-2012, continuam estabelecidos em vastas zonas rurais no centro e no sul do país, a partir das quais efetuam regularmente ataques contra alvos de segurança, políticos e civis.
Em agosto, o Governo do Presidente Hassan Cheikh Mohamoud lançou uma vasta ofensiva, apoiada pelo exército americano e pela força da União Africana presente no país (Atmis), que, depois de ter reconquistado território no centro do país, está atualmente parada.
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