Na abertura da grande reunião anual de fim de ano do Partido dos Trabalhadores, na terça-feira, Kim Jong-un afirmou que este ano foi "um ano de grandes viragens e grandes mudanças", nomeadamente em termos de capacidades militares, avançou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
De acordo com a KCNA, o dirigente garantiu que Pyongyang "deixou um grande marco no glorioso curso de desenvolvimento nos esforços para melhorar o poder e aumentar o prestígio do país".
A agência disse que a Coreia do Norte registou uma rara boa colheita este ano, uma vez que o país terminou a construção de novas instalações de irrigação antes do previsto e cumpriu os principais objetivos agrícolas.
Pyongyang conseguiu um rápido avanço nas capacidades de defesa este ano graças ao lançamento do primeiro satélite espião militar em novembro e à introdução de outras armas sofisticadas, indicou.
A 18 de dezembro, o regime efetuou um teste do míssil balístico intercontinental mais potente do arsenal do país: o Hwasong-18, alegadamente capaz de atingir todo o território dos Estados Unidos.
Na quinta-feira, o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Shin Won-sik, disse que o Norte parecia estar a acelerar os testes de armamento para realçar o progresso na defesa, uma vez que não tinha feito grandes avanços na economia e qualidade de vida da população.
Entretanto, a Coreia do Sul impôs sanções a oito norte-coreanos, incluindo o chefe da agência de espionagem do Norte, pelo alegado envolvimento no comércio de armas e em atividades cibernéticas, noticiou a agência sul-coreana Yonhap.
O chefe da espionagem da Coreia do Norte, Ri Chang-ho, foi incluído na lista por alegadamente ser responsável grandes ataques cibernéticos ao Sul por grupos de 'hackers' como Kimsuky, Lazarus e Andariel.
Na lista consta também o diretor da Beijing New Technology, Park Young-han, acusado de negociar armas em nome da empresa norte-coreana Mining Development Trading Corporation, responsável pela exportação de armas convencionais e pelo fornecimento de equipamento para mísseis balísticos.
As sanções incluem ainda Yun Chol, antigo secretário da embaixada norte-coreana na China, que esteve alegadamente envolvido na compra de lítio-6, um material essencial para armas nucleares e cuja transação é proibida pelo Conselho de Segurança da ONU.
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