O homem, de 33 anos, suspeito de ter matado a família em Meaux, a cerca de 40 quilómetros da cidade francesa de Paris, no Natal, confessou o crime após ser confrontado pelos inspetores da Polícia Judiciária de Versalhes.
Enquanto estava sob custódia polícia, Noé B. confessou ter matado a companheira e os quatro filhos de ambos.
Durante o interrogatório, o homem disse "ter esfaqueado a mulher e as filhas e ter afogado os dois filhos", disse o procurador Jean-Baptiste Bladier, num comunicado de imprensa, citado pelo Le Figaro.
"Explicou que tinha 'ouvido vozes' que lhe diziam para 'fazer mal'", acrescentou.
Após o crime, o homem, de 30 anos, explicou que "não sentia nada" e que "se sentia vazio".
O homem, que sofre de problemas psiquiátricos, disse que costumava tomar a medicação, tratamento que fazia há vários anos, mas que não a tinha tomado a 24 de dezembro, no dia anterior à descoberta dos corpos.
Noé B. deverá ser presente a um juiz de instrução, esta quinta-feira, no tribunal de Meaux. O Ministério Público pediu que o homem ficasse em prisão preventiva, enquanto a investigação prossegue.
Recorde-se que o crime foi descrito como "muito violento". Os corpos da mulher, uma haitiana de 35 anos, das duas filhas, de 10 e 7 anos, e de dois rapazes, de 4 e 9 meses, foram descobertos por volta das 21 horas (hora local) do dia de Natal, em várias divisões da casa da família.
Já hoje, o procurador adiantou que as autópsias aos cinco corpos confirmaram que a mãe e as duas raparigas foram vítimas, cada uma, de cerca de dez facadas, "que foram administradas com grande violência". Os dois meninos "morreram de asfixia por afogamento".
O homem estava a receber tratamento para perturbações depressivas e psicóticas desde 2017. Na sua casa, foram encontradas receitas de calmantes.
Apesar de nunca ter sido condenado, Noré B. já tinha sido denunciado por violência contra a mulher. Em novembro de 2019, esfaqueou-a, quando estava estava a um mês e meio de dar à luz. A vítima, contudo, recusou-se a apresentar queixa e não quis a assistência de uma associação de apoio a a vítimas de violência.
Foi iniciada uma investigação e o homem foi detido antes de ser hospitalizado numa unidade psiquiátrica. Posteriormente, o processo acabou por ser arquivado.
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