França e Reino Unido condenam "estratégia de terror" russa 

A França e o Reino Unido condenaram hoje a forte ofensiva militar russa na Ucrânia, com Paris a denunciar a "estratégia de terror" de Moscovo e Londres a afirmar que o Presidente russo "não se deterá por nada".

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Lusa
29/12/2023 12:50 ‧ 29/12/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Em Paris, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês condenou "com a maior veemência possível" a "estratégia de terror" de Vladimir Putin, "destinada a destruir as infraestruturas civis da Ucrânia".

Por outro lado, garantiu que a França "continuará a apoiar" a Ucrânia e a "prestar-lhe a assistência necessária para que possa exercer a sua legítima defesa, em estreita coordenação com os seus parceiros".

Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, declarou que a vaga de intensos ataques russos na Ucrânia demonstra que Putin "não se deterá por nada" e que, tal como Paris, o Reino Unido continuará a apoiar a Kiev "durante o tempo que for necessário".

"Estes ataques generalizados contra cidades ucranianas mostram que Putin não vai parar por nada para atingir o seu objetivo de erradicar a liberdade e a democracia. Não o deixaremos vencer", afirmou Rishi Sunak na rede social X (antigo Twitter).

Durante a noite, a Rússia lançou cerca de 110 mísseis e 'drones' (aeronaves sem tripulação) contra alvos ucranianos, num dos maiores ataques do género do ano, denunciou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Os ataques causaram pelo menos 10 mortos e dezenas de feridos, uma contagem que deverá piorar à medida que prosseguirem as operações de socorro, anunciaram as autoridades ucranianas.

Um número desconhecido de pessoas ficaram soterradas sob escombros de edifícios atingidos durante os ataques, apesar de as autoridades ucranianas terem dito que a defesa aérea abateu a maior parte dos mísseis e 'drones'.

As forças russas utilizaram uma grande variedade de armas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro, disse Zelensky, citado pela agência norte-americana AP.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, disse que a Rússia "aparentemente lançou tudo o que tinha" contra alvos em toda a Ucrânia.

Não se registava uma tal barragem de mísseis russos "há muito tempo", disse o porta-voz à televisão ucraniana, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

O ataque de cerca de 18 horas, que começou na quinta-feira e continuou durante a noite, atingiu seis cidades, incluindo a capital Kiev, e outras áreas do leste ao oeste da Ucrânia, disseram as autoridades.

Leia Também: Balanço do maior ataque aéreo russo desde a invasão sobe para 18 mortos

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