No sábado, a Rússia prometeu que o ataque a Belgorod, que fez 24 mortos naquela cidade próxima da fronteira ucraniana, não ficaria impune.
Moscovo acusa Kyiv pelo ataque, mas a Ucrânia ainda não respondeu à acusação.
Segundo o último balanço, divulgado hoje de manhã pelo governador da região, Viatcheslav Gladkov, o ataque fez 24 mortos e há 108 pessoas feridas.
Embora Kyiv realize ataques frequentes em território russo, nomeadamente com recurso a 'drones', este foi o ataque mais mortífero para civis na Rússia desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.
"Em resposta a este ato terrorista, as forças armadas russas atacaram centros de decisão e instalações militares" em Kharkiv, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.
O governador da região ucraniana, Oleg Sinegoubov, afirmou, no entanto, que o ataque atingiu um hotel, edifícios residenciais e clínicas ou hospitais, deixando 28 feridos.
Entre as vítimas, há dois adolescentes e um cidadão britânico, conselheiro de segurança de uma equipa de jornalistas alemães, segundo as autoridades ucranianas.
A Rússia reconheceu ter atingido um "antigo complexo hoteleiro", o Kharkiv Palace, mas garantiu que ali se encontravam membros dos serviços de informações militares alegadamente implicados no ataque a Belgorod, assim como "mercenários estrangeiros".
Moscovo nega sempre atacar alvos civis na Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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