Os líderes da oposição em Itália estão a confrontar a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, após um incidente na noite da Passagem de Ano que envolveu a arma de um deputado do seu partido, o Irmãos de Itália.
Segundo o The Guardian, os seus rivais políticos pedem "clareza" relativamente ao incidente, do qual resultou um homem ferido, que teve de ser transportado para um hospital local.
A líder do partido Democrático, de centro-esquerda, pediu esclarecimentos a Meloni. "Estes desastrados são um perigo para a segurança das pessoas ao seu redor, ainda mais para a segurança nacional", disse Elly Schlein.
Já o antigo primeiro-ministro Matteo Renzi, líder do partido Italia Viva, escreveu, nas redes sociais: "Por quê levar uma arma para uma festa de Ano Novo, onde deputados parlamentares e membros do governo estão presentes? O governo de Meloni não é uma classe de governação - são inadequados, incapazes, não apresentáveis... e perigosos, até para eles próprios".
Uma arma, pertencente ao deputado Emanuele Pozzolo, terá passado de mão em mão entre os convidados de uma festa de Ano Novo em Rosazza e, num dado momento, foi disparado um tiro, ferindo uma pessoa. O deputado confirmou que é o proprietário da pistola envolvida no incidente, mas negou ter sido ele a disparar a bala que feriu um dos guarda-costas do subsecretário de Justiça Andrea Delmastro.
"Confirmo que a arma, que é minha propriedade legal e que feriu um dos participantes da festa, foi disparada acidentalmente, mas não por mim", disse Pozzolo à agência de notícias Ansa.
O Irmãos de Itália emitiu um comunicado a reagir ao acontecimento, alegando que não teve "relevância política". "A tentativa de tornar o que aconteceu num assunto político para atacar o Irmãos de Itália é absurdo", lê-se na nota, citada pelo The Guardian.
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