EUA afirmam que Israel realizou "ataque" que matou 'número dois' do Hamas

Israel realizou o ataque que matou o 'número dois' do movimento islamita palestiniano Hamas, Saleh al-Arouri, esta terça-feira, em Beirute, adiantou à agência France-Presse (APF), fonte da Defesa dos Estados Unidos.

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© AFP via Getty Images

Lusa
03/01/2024 21:33 ‧ 03/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

um ataque israelita", garantiu à AFP este responsável, que falou sob a condição de anonimato.

Washington acusou hoje o líder do Hamas de ser um "terrorista brutal" com "sangue civil" nas mãos. No Líbano desde 2018, al-Arouri chefiou a presença do grupo palestiniano na Cisjordânia e esteve detido em prisões israelitas durante 12 anos antes de ser libertado em 2010, sendo-lhe atribuído vários ataques contra Israel a partir de solo libanês.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou matá-lo antes mesmo da atual guerra contra o Hamas.

Mais recentemente, foi um dos principais negociadores do Hamas na libertação dos reféns feitos pelo seu grupo no ataque contra Israel em 07 de outubro do ano passado.

O atentado ocorreu esta terça-feira nos bairros do sul de Beirute, zona que representa um dos principais redutos do grupo xiita libanês Hezbollah e que não era atacada desde a guerra que travou contra Israel em o verão de 2006.

A fronteira israelo-libanesa vive atualmente o seu período de maior tensão desde a guerra travada entre o Hezbollah e Israel em 2006, na sequência da intensificação dos ataques por milícias pró-palestinianas, no dia seguinte à eclosão da guerra entre o Hamas e Israel, a 07 de outubro.

Desde o início das hostilidades na zona, registaram-se pelo menos 177 mortes: 13 em Israel -- nove soldados e quatro civis -- e 164 no Líbano, entre as quais as de 127 membros do Hezbollah, 16 elementos de milícias palestinianas, um soldado e 20 civis (incluindo três jornalistas e três crianças).

Israel destacou mais de 200.000 soldados para a sua fronteira norte, onde a violência também desencadeou a deslocação de milhares de habitantes, com cerca de 80.000 pessoas retiradas de comunidades do norte de Israel e mais de 70.000 que fugiram do sul do Líbano.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis mas também cerca de 400 militares, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 22.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.

O conflito provocou também em Gaza cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

[Notícia atualizada às 23h56]

Leia Também: Exército ataca Hezbollah um dia após morte de 'número dois' do Hamas

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