"Todos os navios da Maersk que deveriam transitar pelo mar Vermelho e pelo Golfo de Aden serão desviados para sul, em torno do Cabo da Boa Esperança, num futuro próximo", afirmou a transportadora num comunicado, acrescentando que "todas as informações disponíveis confirmam que o risco de segurança (no mar Vermelho) permanece num nível consideravelmente elevado".
Na terça-feira, a Maersk indicou que não iria retomar a passagem da sua frota por um estreito estratégico no mar Vermelho, após a sua suspensão no domingo, na sequência de um ataque dos rebeldes Huthis a um dos seus navios.
Desde 18 de novembro, 25 navios comerciais que operam no sul do mar Vermelho e no Golfo de Aden foram atacados.
"Estamos conscientes do impacto potencial desta decisão nas vossas operações logísticas, mas podem ter a certeza de que todas as decisões foram cuidadosamente ponderadas e dão prioridade à segurança dos nossos navios, dos nossos marinheiros e da vossa carga", escreveu a empresa aos seus clientes.
Na quarta-feira, 12 países instaram os Huthis a "cessar imediatamente os seus ataques ilegais" contra navios no mar Vermelho, ameaçando-os com "consequências".
Em dezembro, os Estados Unidos, juntamente com outros países, criaram uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos Huthis nesta zona estratégica, por onde passa 12% do comércio mundial.
Os Huthis, que se dizem solidários com o palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel na Faixa de Gaza, avisaram que vão atacar os navios que navegam ao largo da costa do Iémen com ligações a Israel.
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