Pequim, que considera Taiwan parte integrante de território chinês, intensificou nos últimos anos a pressão militar e política, enviando um número sem precedentes de caças e navios de guerra para a ilha.
Os avistamentos de balões de reconhecimento chineses em Taiwan começaram no mês passado.
"Devido à sua recente trajetória, [os balões] representam uma ameaça séria à segurança de muitas rotas aéreas internacionais", afirmou em comunicado o Ministério da Defesa, condenando o "desrespeito da China pela segurança aérea".
O ministério publicou hoje também uma ilustração que revela dois balões chineses a cruzarem, na sexta-feira, a linha mediana.
"O principal objetivo da recente deteção de balões é um assédio do [tipo] 'zona cinzenta', com o objetivo de usar a guerra cognitiva para afetar o moral do nosso povo", lê-se ainda no comunicado.
"Zona cinzenta" é um termo usado por especialistas militares para descreverem ações agressivas patrocinadas por um Estado, que se abstém de uma guerra aberta.
"Apelamos ao fim imediato desta prática, a fim de garantir a segurança dos voos na região", afirmou o ministério.
A declaração surge quando falta apenas uma semana para as eleições presidenciais taiwanesas, que vão ditar o futuro das relações entre a ilha e Pequim.
Desde a eleição da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em 2016, a China cortou todas as comunicações de alto nível com o Governo de Taipé, uma vez que este não reconhece a soberania de Pequim sobre a ilha.
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