"Enfrentamos os desafios mais difíceis, mas estamos unidos, quer se trate da guerra na Ucrânia, da segurança e estabilidade no Médio Oriente ou da guerra em Gaza. Isso dá-nos força para o futuro", disse Blinken depois de ser recebido por Mitsotakis.
Após aterrar na ilha grega de Creta, depois das 17:00 locais (15:00 em Lisboa), o chefe da diplomacia norte-americana foi recebido pelo seu homólogo grego, Yorgos Yerapetritis, segundo imagens difundidas pela televisão pública ERT, antes de se deslocar para a residência de Mitsotakis na cidade de Chania (Creta).
Os dois dirigentes políticos iniciaram um encontro privado após breves declarações em que garantiram que as relações entre Washington e Atenas estão no seu melhor momento.
"A região está a atravessar tempos difíceis e cheios de desafios, pelo que é especialmente importante que nos mantenhamos lado a lado e trabalhemos não só para a nossa cooperação estratégica como aliados, mas também para garantir o regresso da paz e da estabilidade à nossa região", afirmou Mitsotakis.
De acordo com a agenda prevista, após a reunião privada, Blinken e Mitsotakis deverão realizar uma reunião de trabalho com a participação de Yeraptritis e de outros altos funcionários do governo grego, em que discutirão a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas, assim como a agressão da Rússia contra a Ucrânia.
Espera-se também que sejam discutidas questões bilaterais como a cooperação energética e de defesa entre os dois países.
Numa entrevista à televisão privada grega SKAI, Yerapetritis revelou hoje que a questão dos caças F-35, para cuja aquisição a Grécia enviou um pedido formal aos EUA há um ano e meio, será abordada com Blinken.
Após esta visita, Blinken, que visitou hoje a Turquia onde se encontrou com o Presidente Recep Erdogan, deslocar-se-á à Jordânia, ao Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia e Egito, no âmbito de um périplo que terminará na próxima quinta-feira, centrado na necessidade de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e na mediação para libertar os reféns detidos pelo Hamas.
A deslocação a vários países surge num momento de preocupação com o risco de escalada e expansão da guerra entre Israel e o Hamas na região.
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