Os Estados Unidos e o Reino Unido estão a realizar uma série de bombardeamentos contra os hutis, alegando que se trata de ações dirigidas contra o movimento terrorista do Iémen apoiado pelo Irão, face aos seus ataques no Mar Vermelho, que o grupo enquadra na sua resposta à ofensiva militar lançada por Israel contra a Faixa de Gaza.
"Deve-se sublinhar que estes bombardeamentos não têm qualquer ligação e são totalmente separados da operação Guardião da Prosperidade, que é uma coligação de defesa atualmente composta por 22 países e que opera no Mar Vermelho, no estreito de Bab el Mandeb e no Golfo de Aden", explicou um alto funcionário militar dos EUA.
Esta fonte acrescentou que munições guiadas de precisão têm sido utilizadas nos bombardeamentos para "destruir alvos e minimizar danos colaterais", depois de os hutis terem relatado a morte de cinco dos seus membros.
"As forças dos Estados Unidos e do Reino Unido que participaram nestes bombardeamentos estão totalmente preparadas para se defenderem e para continuarem a contribuir para a defesa do tráfego marítimo e de outras embarcações militares", insistiu a fonte militar norte-americana.
Este alto funcionário não quis especificar o nível dos danos causados aos hutis, embora tenha dito que foram significativos, antes de indicar que foram realizados "a partir do ar, da superfície e debaixo da superfície" - numa aparente referência ao recurso a submarinos, acrescentando que os ataques destruíram "múltiplos alvos em áreas controladas pelos hutis no Iémen."
"Esperamos que estas ações diminuam e degradem as capacidades dos hutis, bem como reduzam a sua capacidade e propensão para realizar ataques (contra navios no Mar Vermelho)", argumentou a fonte.
Nas últimas horas, um outro alto funcionário do Governo dos EUA sublinhou que "o Irão é um dos principais, se não o principal, apoiantes dos hutis", acrescentando que "o Irão esteve envolvido a nível operacional na execução dos ataques" no Mar Vermelho.
"Eles fornecem informações aos hutis. Eles deram aos hutis a capacidade militar que usaram para realizar os ataques, por isso acreditamos que eles estiveram envolvidos em todas as fases", argumentou o alto funcionário dos EUA, referindo que estas operações não devem ser ligados aos acontecimentos na Faixa de Gaza.
"A maioria dos navios que foram atacados nada têm a ver com Israel e mesmo que tivessem, o que não é o caso, não é uma justificação para estes ataques ilegais", sustentou a fonte.
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