Hutis apontam interesses dos EUA e Reino Unido como "objetivos legítimos"

Os rebeldes Huti do Iémen apontaram hoje todos os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido como "objetivos legítimos", considerando os bombardeamentos contra o seu país como "agressão ilegal e injustificada que viola todas as leis internacionais".

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© MOHAMMED HUWAIS/AFP via Getty Images

Lusa
12/01/2024 14:50 ‧ 12/01/2024 por Lusa

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Os rebeldes huthi do Iémen apontaram hoje todos os interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido como "objetivos legítimos", considerando os bombardeamentos contra o seu país como "agressão ilegal e injustificada que viola todas as leis internacionais".

"Todos os interesses norte-americanos e britânicos tornaram-se objetivos legítimos das Forças Armadas do Iémen (numa referência ao próprio grupo)", segundo o Conselho Político Supremo dos huthi, depois dos bombardeamentos desta madrugada que EUA e Reino Unido justificam como ações dirigidas contra o movimento terrorista do Iémen apoiado pelo Irão, face aos seus ataques a navios no Mar Vermelho.

Segundo o Conselho Político Supremo, instaurado depois dos huthi ter tomado a capital do Iémen em 2015, ocorreu uma Em comunicado, o grupo considerou a "agressão" que é "uma extensão dos ataques traiçoeiros dos EUA contra as forças navais iemenitas e da agressão sionista contra a Faixa de Gaza" e que se trata de uma "agressão ilegal e injustificada que viola todas as leis internacionais".

Assim, regista-se uma "ameaça real à paz e segurança internacionais", sendo "legítima" a resposta no " quadro da defesa sagrada do Iémen, da sua soberania, independência e liberdade na tomada de decisões", lê-se na comunicação divulgada através de uma conta no Telegram.

Para o grupo, o lançamento da operação 'Guardião da Prosperidade', no Mar Vermelho sob liderança dos Estados Unidos, é "inaceitável e ilegal", além de representar uma "ameaça à navegação internacional ".

Os huthi reiteraram que vão continuar a lançar ataques contra navios israelitas ou contra os que se dirijam a portos israelitas "para acabar com o cerco, parar a agressão e a guerra de extermínio contra Gaza e conseguir a entrega de alimentos, medicamentos e combustível "

No comunicado, foram aplaudidos os países que recusaram participar nas operações norte-americanas e sublinhado que a "proteção do Mar Vermelho é um direito soberano dos países que o fazem fronteira".

Foi ainda solicitado aos "países livres do mundo" que "condenem a agressão flagrante, traiçoeira e covarde dos Estados Unidos e do Reino Unido contra o Iémen, que representa uma mentalidade colonial extinta frente à incapacidade do Conselho de Segurança (da ONU) e das restantes das instituições internacionais de cumprir o seu dever".

O presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou vários bombardeamentos perpetrados por Washington e Londres contra posições dos rebeldes, em resposta aos seus ataques contra embarcações no Mar Vermelho, realizados na sequência da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza após os ataques de 7 de outubro do Hamas.

Os huthi controlam a capital de Iémen e outras zonas do norte e do oeste do país desde 2015.

Leia Também: NATO alega que ataques dos EUA e Reino Unido contra Hutis são defensivos

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