"Nas instalações das forças especiais das forças policiais moldavas, sob a direção de especialistas estrangeiros, estão a ser treinados grupos especiais de combate para levar a cabo atos terroristas no território da Transnístria", denunciaram as autoridades locais.
A Transnístria, que tem uma população maioritariamente russa e ucraniana, faz fronteira com a Ucrânia.
O Ministério da Segurança da região disse em comunicado que os grupos são constituídos por mais de 60 pessoas, a maior parte delas provenientes do território ucraniano e com experiência em operações de combate.
O objetivo do alegado ataque é "destruir instalações críticas" civis e militares na Transnístria e a captura ou morte de altos funcionários de agências de segurança, disse o ministério, citado pela agência espanhola Europa Press.
As autoridades da Transnístria informaram anteriormente que na segunda-feira se registou um incidente armado na zona fronteiriça com a Ucrânia.
Na sequência do incidente, dois cidadãos da Transnístria foram alegadamente "transferidos para o território da Ucrânia".
As agências da república autoproclamada iniciaram uma investigação sobre o incidente.
O Serviço Nacional de Fronteiras da Ucrânia afirmou não ter conhecimento de quaisquer incidentes na fronteira com a Transnístria.
Considerou que as declarações da Transnístria eram "bastante provocatórias" e tinham como objetivo acusar Kiev sem argumentos.
A Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia, há quase dois anos, devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.
Kiev chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia Ocidental a partir da região.
A Rússia mantêm um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.
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