Mohammed Hassan Sheikh Mohamud foi alvo de um mandado de captura depois de o carro diplomático que conduzia ter atingido Yunus Emre Gocer, de 38 anos, a 30 de novembro.
A vítima morreu num hospital seis dias depois e, nessa, altura Mohamud já tinha deixado a Turquia.
O ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunç, disse em dezembro que discutira o caso com o homólogo da Somália, para organizar o regresso de Mohamud.
A agência de notícias Demiroren informou que o mandado de captura e a proibição de viajar foram revogados depois de Mohamud ter prestado declarações no tribunal de Caglayan, em Istambul. Este foi depois libertado pelo tribunal, segundo a agência.
Mohamud voltou a afirmar o que dissera aos polícias na altura do acidente, ou seja, que a culpa era do estafeta.
A Procuradoria-Geral de Istambul pede uma pena de prisão entre dois e seis anos por "morte por negligência".
A Turquia abriu um inquérito aos responsáveis pela investigação inicial do acidente e que terão permitido que Mohamud ficasse em liberdade.
O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, disse à agência de notícias Associated Press (AP), em dezembro, que o filho não fugiu da Turquia e que o aconselhara a apresentar-se em tribunal.
"A Turquia é um país irmão", disse o Presidente somali.
"Respeitamos as leis, a Justiça e o sistema judicial. Como Presidente da Somália, nunca permitirei que alguém viole o sistema judicial deste país", declarou Sheikh Mohamud.
A Turquia estabeleceu laços com a Somália em 2011, altura em que o Presidente, Recep Tayyip Erdogan - então primeiro-ministro - visitou a nação da África Oriental numa demonstração de apoio, uma vez que os somalis sofriam de uma grave seca.
A Turquia tem prestado ajuda humanitária, construindo infraestruturas e abrindo uma base militar na Somália, onde treina oficiais e polícias.
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