Blinken pediu a Pequim para "manter paz" no Estreito de Taiwan
O chefe da diplomacia dos EUA sublinhou sexta-feira a um alto funcionário chinês a importância de "manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", horas antes da ilha escolher o novo Presidente.
© Lusa
Mundo EUA
Antony Blinken "reiterou a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e no mar da Sul da China", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
De acordo com um comunicado, as declarações surgiram durante um encontro, em Washington, entre o secretário de Estado norte-americano e o chefe da divisão internacional do Comité Central do Partido Comunista Chinês, Liu Jianchao.
Taiwan escolhe hoje o sucessor da Presidente Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês).
Imagens divulgadas pela imprensa taiwanesa mostram longas filas nos locais de votação, que abriram às 08:00 (meia-noite em Lisboa) e fecharão às 16:00 (08:00 em Lisboa), assim como eleitores a regressar à ilha, que não permite o voto no estrangeiro.
As Forças Armadas da China estão em elevado estado de alerta e prontas a tomar todas as medidas necessárias para impedir quaisquer planos para a "independência de Taiwan", afirmou na sexta-feira o ministério da Defesa chinês.
O porta-voz do ministério, Zhang Xiaogang, sublinhou o empenho do Exército de Libertação Popular em salvaguardar resolutamente a soberania e a integridade territorial da China.
O vice-presidente taiwanês Lai Ching-te, também conhecido como William Lai, do DPP, é o favorito para suceder à atual Presidente Tsai Ing-wen, que chegou ao limite constitucional de mandatos.
Ambos são tidos como uma ameaça por Pequim dadas as suas posições pró-independência.
Os Estados Unidos, que vão enviar uma delegação informal à ilha após as eleições, "acreditam caber aos eleitores de Taiwan a decisão sobre o seu próximo líder de uma forma livre e sem interferência externa", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
Washington não reconhece Taiwan como um Estado e considera a República Popular da China como o único governo chinês legítimo, mas fornece ajuda militar significativa à ilha autónoma e defende o 'status quo' enquanto garante da paz.
Depois de uma tensão elevada entre Washington e Pequim há cerca de um ano, quando os norte-americanos destruíram um balão chinês sob acusação de espionagem -- o que foi negado pela China -, Liu Jianchao adotou terça-feira um tom conciliatório em Nova Iorque, numa intervenção no grupo de reflexão do Conselho de Relações Externas.
O responsável, tido como uma figura em ascensão em Pequim, também foi comedido quanto a Taiwan, ao escusar-se a revelar qual poderá ser a reação da China ao resultado das eleições presidenciais, mas notando "o compromisso dos Estados Unidos de não apoiar a independência de Taiwan".
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