Os republicanos insistem em combinar esta ajuda, para que a Ucrânia se continue a defender da invasão russa, com as suas próprias exigências de segurança da fronteira dos EUA.
Um grupo bipartidário de negociadores no Senado (câmara alta) tem trabalhado há semanas para encontrar um acordo que forneça dinheiro a Kiev, mas que também inclua uma nova política de fronteiras.
As negociações pareceram desacelerar na semana passada, já que os senadores revelaram que persistiam divergências significativas, noticiou a agência Associated Press (AP).
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, adiantou hoje que os congressistas, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa), o republicano Mike Johnson, o líder democrata da câmara baixa, Hakeem Jeffries, o líder no Senado, o democrata Chuck Schumer, e o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, foram convidados para uma reunião com Biden, para "discutir a importância crítica dos seus pedidos" de financiamento para a segurança nacional.
A diretora do Gabinete de Gestão e Orçamento alertou, no início de janeiro, para o tempo cada vez menor que os congressistas têm para reabastecer a ajuda dos EUA à Ucrânia.
Shalanda Young sublinhou que não há outra forma de ajudar a Ucrânia, exceto a aprovação pelo Congresso de financiamento adicional para ajudar Kiev, enquanto se defende da Rússia numa guerra que já dura há quase dois anos.
Embora o Pentágono tenha alguma autoridade limitada para ajudar Kiev, na ausência de novos financiamentos do Capitólio, Young alertou que isso não irá resultar em "grandes parcelas de equipamento para a Ucrânia".
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniram-se com o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, na reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos (Suíça) esta semana.
Sullivan manifestou hoje, após a reunião, que está confiante de que o Governo Biden chegaria a um acordo sobre a ajuda à Ucrânia nas próximas semanas.
"Temos de ser capazes de fornecer à Ucrânia os recursos necessários para as armas de que necessita, para poder alcançar os resultados de que necessita", apontou Sullivan, em conversa com Børge Brende, presidente do Fórum Económico Mundial.
Biden tem enfrentado forte resistência dos conservadores no seu pedido de 110 mil milhões de dólares para um pacote de ajuda à Ucrânia e Israel, bem como outras prioridades de segurança nacional. Os republicanos exigem que o financiamento seja acompanhado de mudanças significativas na segurança das fronteiras.
A administração liderada por Biden tem estado diretamente envolvida nas conversações, enquanto o chefe de Estado tenta garantir o apoio à defesa da Ucrânia contra a Rússia e também fazer progressos na política de fronteiras.
Biden, que se candidata à reeleição este ano, tem sido alvo de críticas significativas pela forma como lidou com o número histórico de migrantes que procuram asilo na fronteira dos EUA com o México.
Leia Também: EUA garantem que querem desanuviamento de conflito no Médio Oriente