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Karim Wade já se tornou elegível para as presidenciais do Senegal

Karim Wade, filho e ministro de Abdoulaye Wade, antigo Presidente do Senegal, renunciou à nacionalidade francesa, tornando-se elegível para concorrer às eleições presidenciais de fevereiro, noticia hoje a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Karim Wade já se tornou elegível para as presidenciais do Senegal
Notícias ao Minuto

13:52 - 17/01/24 por Lusa

Mundo Senegal

A agência francesa cita o jornal oficial francês para noticiar que, desta forma, Karim Wade é elegível para concorrer às presidenciais senegalesas.

A sua dupla nacionalidade foi objeto de debate a poucos dias da validação final das candidaturas para as eleições presidenciais de 25 de fevereiro, nas quais é um dos principais concorrentes.

De acordo com a Constituição, todos os candidatos às eleições presidenciais "devem ter exclusivamente a nacionalidade senegalesa, estar no gozo dos seus direitos civis e políticos e ter pelo menos 35 e no máximo 75 anos de idade no dia da votação", tendo também de saber escrever, ler e falar fluentemente a língua oficial, o francês.

No final da semana passada, o Conselho Constitucional do Senegal aprovou e publicou uma lista provisória de 21 candidatos, incluindo Karim Wade, mas a lista deverá ainda ser finalizada até ao final desta semana.

No domingo, o ex-ministro Thierno Alassane Sall, também ele candidato, levantou publicamente a questão da dupla nacionalidade franco-senegalesa de Karim Wade, ampliando as notícias que davam conta de que Karim Wade tinha também nacionalidade francesa.

A coligação Karim 2024, que apresentou a candidatura de Karim Wade, tinha declarado num comunicado de imprensa que este tinha cumprido "todas as formalidades necessárias" para renunciar à nacionalidade francesa e que essa renúncia foi registada pelas autoridades francesas.

A Comissão denunciou uma tentativa de "manchar" a candidatura de Karim Wade e argumentou que era uma expressão de "xenofobia".

Karim Wade, de 55 anos, nasceu em França, filho de pai senegalês e mãe francesa, tendo sido impedido de concorrer às eleições presidenciais de 2019, ganhas por Macky Sall.

Foi condenado em 2015 a seis anos de prisão por enriquecimento ilícito; ficou detido durante mais de três anos, foi indultado em 2016 pelo Presidente Macky Sall e vive desde então no exílio, sendo o Qatar amplamente citado como um dos seus locais de residência.

Em agosto, a Assembleia Nacional aprovou uma lei que torna Karim Wade e outra figura da oposição e antigo presidente da Câmara de Dakar, Khalifa Sall, elegíveis para as eleições.

Leia Também: União Europeia envia missão de observação às presidenciais do Senegal

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