Um morto e dois feridos num acidente de aviação na Somália

Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas quando um avião de carga, contratado pela ONU, se despenhou no sul da Somália, comunicou hoje a Missão de Assistência das Nações Unidas no Corno de África (UNSOM).

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Lusa
18/01/2024 17:35 ‧ 18/01/2024 por Lusa

Mundo

ONU

"Um avião de carga contratado pela ONU despenhou-se hoje quando aterrava numa pista em El-Barde, no estado do sudoeste da Somália", declarou a UNSOM num comunicado divulgado na capital somali, Mogadíscio.

O avião transportava "bens humanitários para o Programa Alimentar Mundial (PAM)", disse a ONU, acrescentando que "as primeiras informações indicam uma vítima mortal e dois feridos".

A ONU está a trabalhar com a companhia aérea contratada e com as autoridades para investigar o incidente, acrescentou a UNSOM, expressando as suas "mais profundas condolências à família e aos colegas da vítima" e desejando uma "rápida recuperação" aos feridos.

O incidente ocorreu depois de um segurança da ONU ter sido assassinado pelo grupo terrorista somali Al-Shebab no aeroporto de Mogadíscio, considerado a zona mais segura da Somália, em 11 de janeiro.

O aeroporto acolhe o pessoal da ONU, diplomatas e soldados estrangeiros.

A Somália está a viver uma intensificação das operações militares contra o grupo terrorista depois de o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, ter anunciado em agosto de 2022 uma "guerra total" contra eles.

Desde então, as forças armadas, apoiadas pela Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS), têm realizado ofensivas intensas contra o grupo, por vezes com a assistência militar dos EUA.

O Al-Shebab, afiliado desde 2012 à Al-Qaida, ataca frequentemente em Mogadíscio e noutros locais para derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico wahhabita (ultraconservador).

O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália, embora o exército tenha conseguido reconquistar alguns desses territórios no ano passado, e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.

A Somália tem vivido num estado de guerra desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamistas e senhores da guerra.

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