O Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu um comunicado a condenar inicialmente o ataque "desequilibrado e inaceitável" efetuado hoje pelo Paquistão e que provocou dez mortos no seu território, para de seguida optar por um tom conciliador.
"A República Islâmica do Irão adota uma política de boa vizinhança e irmandade entre as nações e os governos das Repúblicas Islâmicas do Irão e Paquistão", indica o texto.
"Sublinhe-se que a República Islâmica do Irão diferencia entre o fraternal e amigável Governo do Paquistão e os terroristas", assegura ainda o ministério.
Teerão afirma que "não permitirá que os inimigos e terroristas" afetem as relações com Islamabad e justificou uma vez mais os ataques com mísseis e 'drones' que efetuou na terça-feira contra um grupo insurgente em solo paquistanês, em que morreram duas crianças.
Segundo a última versão iraniana, os bombardeamentos de terça-feira destinaram-se a prevenir a entrada no seu território de membros do grupo islamista sunita Yeish al Adl, com o objetivo de cometerem um novo atentado.
Os iranianos indicam que foram atingidas "camaratas e um quartel-general" do Yeish al Adl, situado a quilómetros de zonas residenciais devido a uma "iminente ameaça terrorista" contra o povo iraniano.
Este tom conciliador ocorre após a crise diplomática que envolveu os dois países após os bombardeamentos iranianos de terça-feira e a resposta paquistanesa registada hoje de manhã.
Os ataques do Paquistão contra os grupos rebeldes Exército de Libertação Baluchi e Frente de Libertação Baluchi provocaram a morte de dez mulheres e crianças com cidadania paquistanesa, segundo Teerão.
Os bombardeamentos coincidiram com um período de elevada tensão no Médio Oriente devido à invasão israelita da Faixa de Gaza, e enquanto prosseguem os ataques das milícias pró-iraquianas no Iraque e Síria contra posições dos Estados Unidos.
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