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Coreia do Norte diz ter testado drone marítimo com armas nucleares

A Coreia do Norte disse hoje que testou um drone marítimo com armas nucleares, em resposta aos exercícios navais conduzidos por Washington, Seul e Tóquio, informou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

Coreia do Norte diz ter testado drone marítimo com armas nucleares
Notícias ao Minuto

06:53 - 19/01/24 por Lusa

Mundo Coreia do Norte

Os exercícios conjuntos "ameaçaram seriamente a segurança" da Coreia do Norte, disse o Ministério da Defesa norte-coreano, num comunicado citado pela KCNA.

Em resposta, Pyongyang "conduziu um grande teste do sistema de armas nucleares submarinas Haeil-5-23+ em desenvolvimento no mar do Leste", acrescentou na mesma nota, referindo-se a uma área também conhecida como mar do Japão.

"O posicionamento de combate subaquático com base em armas nucleares do nosso exército está a ser reforçado ainda mais e as suas várias ações de resposta marítimas e subaquáticas continuarão a dissuadir as manobras militares hostis", referiu o Ministério.

"Denunciamos veementemente os EUA e seguidores pelos atos imprudentes de ameaçar seriamente a segurança da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país] desde o início do ano e alertamos para as consequências catastróficas que poderão acarretar", salientou.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão concluíram na quarta-feira três dias de exercícios navais conjuntos nas águas a leste da península coreana, a sul da ilha de Jeju, que Pyongyang disse serem "uma fonte de desestabilização ainda maior da situação regional".

No ano passado, a Coreia do Norte anunciou a realização do primeiro teste do Haeil-5-23+, um drone marítimo de ataque nuclear supostamente capaz de gerar tsunamis radioativos, embora o Sul tenha desvalorizado as declarações de Pyongyang sobre as capacidades deste novo sistema.

Na terça-feira, o líder norte-coreano Kim Jong-un anunciou que o país ia abandonar o objetivo de longa data de uma reunificação pacífica com a Coreia do Sul e rever a Constituição para definir Seul como "país hostil número um".

Kim realçou ainda a necessidade de "ocupar, reprimir e reclamar" território sul-coreano em caso de guerra.

No mesmo dia, a Coreia do Norte dissolveu várias organizações governamentais que trabalhavam em prol da reunificação com o Sul.

Em resposta, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, advertiu Pyongyang que retaliará "cem vezes mais" em caso de ataque.

As tensões na península coreana estão no ponto mais alto dos últimos anos, depois de Kim Jong-un ter intensificado as demonstrações de armamento, nos últimos meses.

Os Estados Unidos e os aliados Seul e Tóquio responderam com o reforço dos exercícios militares combinados, aperfeiçoando as estratégias de dissuasão nuclear.

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